sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Leituras - 14


"O que faz correr Eduardo Pinto de Vasconcellos para a sede semi-clandestina de uma organização nacionalista nas vésperas de exames decisivos? E que sombras carrega o pai, Henrique, ex-voluntário na Guerra de Espanha e banqueiro internacional? O que move Alexandre, intelectual, romântico, tímido e revolucionário? 
No Verão de 1973, a História está a preparar-se para tomar conta das histórias destes homens e das mulheres que amam levando-os por Lisboa, Madrid e Luanda na torrente da conspiração, da revolução e da contra-revolução, até ao Inverno de 1975. 
Os heróis de Novembro agem, lutam e amam sabendo, à partida, que a sua empresa é necessária mas em grande parte fútil. Vivem a história de uma outra geração de 68, que também tinha 20 anos no 25 de Abril. Novembro não é um livro de História, é um romance que se lê como um romance, um xadrez de personagens, lugares, paixões, segredos, intrigas. E também a memória de um Portugal desaparecido. Em Novembro tudo acaba: O Império, a Revolução e os sonhos dos que, dos dois lados, não ficaram no meio e deram tudo por tudo."
Já comecei a ler o romance de Jaime Nogueira Pinto, editado este ano pela Esfera dos Livros. Sempre quero ver uma outra perspetiva, que não deve ser a minha, nem das pessoas com quem me relaciono e que viveram intensamente este período.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Música de cinema - 28




Este cd foi um dos presentes de Natal. Infelizmente, não consegui encontrar nenhuma destas interpretações de Massimo Palumbo no YouTube.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Chove. É dia de Natal.

Viggo Johansen - Silent night, 1891

Chove. É dia de Natal. 
Lá para o Norte é melhor: 
Há a neve que faz mal, 
E o frio que ainda é pior. 

E toda a gente é contente 
Porque é dia de o ficar. 
Chove no Natal presente. 
Antes isso que nevar. 

Pois apesar de ser esse 
O Natal da convenção, 
Quando o corpo me arrefece 
Tenho o frio e Natal não. 

Deixo sentir a quem quadra 
E o Natal a quem o fez, 
Pois se escrevo ainda outra quadra 
Fico gelado dos pés. 

Fernando Pessoa

O dia está lindo, mas o poema estava escolhido tendo em vista o dia de ontem.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Início do Inverno


Velho, velho, velho. 
Chegou o Inverno. 
Vem de sobretudo, 
Vem de cachecol, 
O chão onde passa 
Parece um lençol. 
Esqueceu as luvas 
Perto do fogão: 
Quando as procurou, 
Roubara-as um cão. 
Com medo do frio 
Encosta-se a nós: 
Dai-lhe café quente 
Senão perde a voz. 
Velho, velho, velho. 
Chegou o Inverno. 

 Eugénio de Andrade

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Myriam Zaluar

Recebido por email:

No passado dia 6 de março, o MSE (Movimento dos Sem Emprego) levou a cabo uma inscrição coletiva de desempregados no Centro de Emprego do Conde Redondo, ação que motivou a pronta intervenção das forças de segurança com a respectiva identificação dos desempregados presentes.

Na sequência dessa ação, Myriam Zaluar, então activista do movimento, acabaria acusada do crime de “manifestação ilegal”, processo que terá no próximo 10 de janeiro, às 11h, no Tribunal de Pequena Instância Criminal de Lisboa, o respectivo desenlace.
Poucas semanas depois dos factos e com o objetivo de defender a companheira - acusada em nome de todos - e de defender o direito à distribuição de panfletos, o MSE repetiu a acção com cerca de meia centena de desempregados, sendo que desta feita a polícia não só não identificou ninguém, como sublinhou, à frente dos jornalistas presentes, que a repetição da ação não comportava nenhuma ilegalidade que justificasse a sua intervenção, tendo assistido a tudo serenamente.
Face aos factos, não só fica evidente a discricionariedade da atuação policial, como a desproporção e o disparate da acusação de que a activista foi alvo, motivos que deviam envergonhar um estado de direito forjado no chão de Abril.
Depois de lançar a austeridade querem agora semear o medo, mas cada acção para nos travar é um reforço para o nosso ânimo. Lutamos contra o desemprego como contra a intimidação e, apesar de termos seguido caminhos diferentes e de hoje a Myriam se ter afastado do MSE não são motivos para que não só manifestemos a nossa solidariedade como a disponibilidade e o uso de todas as nossas forças para garantir a sua defesa.
Ontem foi a Myriam Zaluar, hoje foi a Paula Montez e não sabemos quem será amanhã, mas sabemos que a criminalização é a outra face do desemprego. O nosso combate é feito para que chegue o dia em que todos usufruam do direito ao trabalho e tenham sido derrubados todos os obstáculos ao exercício da nossa liberdade.
No próximo dia 11 de janeiro não é só a Myriam Zaluar que estará no banco dos réus uma vez que este é um processo contra todo o movimento e que visa todos aqueles que não desistem de lutar. Por tudo isso lá estaremos para dizer bem alto que “Somos Todos Myriam Zaluar!” e que vamos continuar a defender os nossos direitos na proporção do ataque de que estamos a ser alvo.

Neva pela Europa

Richard Nowitz - A view of a snow covered bridge in the woods

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Almoço de amigos

Natalie Ascencios - The Vivious Circle
Da esquerda para a direita, de pé: Robert Benchley, Franklin Pierce Adams, Robert Sherwood, Harpo Marx, Alexander Woolcott, Marc Connelly e Edna Ferber; sentados: Dorothy Parker, Harold Ross, George S. Kaufman e Heywood Broun.
Este grupo reunia num hotel de Nova York em 1919.
Nova York, Algonquin Hotel

Ontem reunimos um grupo cá em casa para almoçar.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Ciclo de conferências sobre o tema “Emigração no século XXI”


Serão oradores os melhores especialistas da atualidade.

A NOVA DIÁSPORA PORTUGUESA - EMIGRAR NO SÉCULO XXI
21 de Dezembro de 2012
Vale de Azevedo: O mercado de arrendamento em Londres;
7  de Dezembro de 2012
Dias Loureiro: Abrir uma conta e investir em Cabo Verde;
12 de Dezembro de 2012
José Sócrates: Aspetos gerais do financiamento de estudos em universidades francesas;
19 de Dezembro de 2012
Vítor Constâncio: Ler os sinais do presente para antecipar o futuro;
9 de Janeiro de 2013
Duarte LimaJurisdições internacionais e conflito de competências;
16 de Janeiro de 2013
Luís Figo: Não há almoços grátis;
23 de Janeiro de 2013
Fátima Felgueiras: Brasil, riscos e oportunidades;
30 de Janeiro de 2013
Joe Berardo: Preparar o regresso, apostar na cultura;
6 de Fevereiro de 2013
Isaltino Morais: Técnicas avançadas de recursos judiciais.
O acesso é gratuito mas com número de lugares limitado...

Recebido por email. 
Retiraria o José Sócrates deste painel. Não entendo esta perseguição ao homem. Pode ser que um dia venha a perceber, mas até lá...

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

domingo, 9 de dezembro de 2012

O assassinato de Delgado

Gostei. O único reparo vai para a dobragem do ator que encarna Humberto Delgado. 
Aprende-se com este filme. Muita gente poderia aprender muito se o visse.
talvez venha a ler a biografia do general, feita pelo neto.



sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

sábado, 1 de dezembro de 2012

Dezembro - II


Alicia Ludwig - Manhã de Dezembro, I e II

A escolha da vinheta do mês de Dezembro recaiu em Manhã de Dezembro I, mas, próximo do Natal, mudá-la-emos.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Fernando Pessoa

"I know not whar tomorrow will bring", última frase escrita por Pessoa que morreu no Hospital de S. Luís, em Lisboa, a 30 de novembro de 1935.

Perdeu-se toda e qualquer esperança


Exmo. Senhor Primeiro-Ministro,
Os signatários estão muito preocupados com as consequências da política seguida pelo Governo.
À data das últimas eleições legislativas já estava em vigor o Memorando de Entendimento com a Troika, de que foram também outorgantes os líderes dos dois Partidos que hoje fazem parte da Coligação governamental.
O País foi então inventariado à exaustão. Nenhum candidato à liderança do Governo podia invocar desconhecimento sobre a situação existente. O Programa eleitoral sufragado pelos Portugueses e o Programa de Governo aprovado na Assembleia da República, foram em muito excedidos com a política que se passou a aplicar. As consequências das medidas não anunciadas têm um impacto gravíssimo sobre os Portugueses e há uma contradição, nunca antes vista, entre o que foi prometido e o que está a ser levado à prática. 
Os eleitores foram intencionalmente defraudados. Nenhuma circunstância conjuntural pode justificar o embuste.
Daí também a rejeição que de norte a sul do País existe contra o Governo. O caso não é para menos. Este clamor é fundamentado no interesse nacional e na necessidade imperiosa de se recriar a esperança no futuro. O Governo não hesita porém em afirmar, contra ventos e marés, que prosseguirá esta política - custe o que custar - e até recusa qualquer ideia da renegociação do Memorando.
Ao embuste, sustentado no cumprimento cego da austeridade que empobrece o País e é levado a efeito a qualquer preço, soma-se o desmantelamento de funções essenciais do Estado e a alienação imponderada de empresas estratégicas, os cortes impiedosos nas pensões e nas reformas dos que descontaram para a Segurança Social uma vida inteira, confiando no Estado, as reduções dos salários que não poupam sequer os mais baixos, o incentivo à emigração, o crescimento do desemprego com níveis incomportáveis e a postura de seguidismo e capitulação à lógica neoliberal dos mercados.
Perdeu-se toda e qualquer esperança.
No meio deste vendaval, as previsões que o Governo tem apresentado quanto ao PIB, ao emprego, ao consumo, ao investimento, ao défice, à dívida pública e ao mais que se sabe, têm sido, porque erróneas, reiteradamente revistas em baixa.
O Governo, num fanatismo cego que recusa a evidência, está a fazer caminhar o País para o abismo.
A recente aprovação de um Orçamento de Estado iníquo, injusto, socialmente condenável, que não será cumprido e que aprofundará em2013 arecessão, é de uma enorme gravidade, para além de conter disposições de duvidosa constitucionalidade. O agravamento incomportável da situação social, económica, financeira e política, será uma realidade se não se puser termo à política seguida.
Perante estes factos, os signatários interpretam - e justamente - o crescente clamor que contra o Governo se ergue, como uma exigência, para que o Senhor Primeiro-Ministro altere, urgentemente, as opções políticas que vem seguindo, sob pena de, pelo interesse nacional, ser seu dever retirar as consequências políticas que se impõem, apresentando a demissão ao Senhor Presidente da República, poupando assim o País e os Portugueses ainda a mais graves e imprevisíveis consequências.
É indispensável mudar de política para que os Portugueses retomem confiança e esperança no futuro. 
PS: da presente os signatários darão conhecimento ao Senhor Presidente da República.
Lisboa, 29 de Novembro de 2012"
MÁRIO SOARES
ADELINO MALTEZ  (Professor Universitário-Lisboa)
ALFREDO BRUTO DA COSTA (Sociólogo)
ALICE VIEIRA (Escritora)
ÁLVARO SIZA VIEIRA (Arquiteto)
AMÉRICO FIGUEIREDO (Médico)
ANA PAULA ARNAUT (Professora Universitária-Coimbra)
ANA SOUSA DIAS (Jornalista)
ANDRÉ LETRIA (Ilustrador)
ANTERO RIBEIRO DA SILVA (Militar Reformado)
ANTÓNIO ARNAUT (Advogado)
ANTÓNIO BAPTISTA BASTOS (Jornalista e Escritor)
ANTÓNIO DIAS DA CUNHA (Empresário)
ANTÓNIO PIRES VELOSO (Militar Reformado)
ANTÓNIO REIS (Professor Universitário-Lisboa)
ARTUR PITA ALVES (Militar reformado)
BOAVENTURA SOUSA SANTOS (Professor Universitário-Coimbra)
CARLOS ANDRÉ (Professor Universitário-Coimbra)
CARLOS SÁ FURTADO (Professor Universitário-Coimbra)
CARLOS TRINDADE (Sindicalista)
CESÁRIO BORGA (Jornalista)
CIPRIANO JUSTO (Médico)
CLARA FERREIRA ALVES (Jornalista e Escritora)
CONSTANTINO ALVES (Sacerdote)
CORÁLIA VICENTE (Professora Universitária-Porto)
DANIEL OLIVEIRA (Jornalista)
DUARTE CORDEIRO (Deputado)
EDUARDO FERRO RODRIGUES (Deputado)
EDUARDO LOURENÇO (Professor Universitário)
EUGÉNIO FERREIRA ALVES (Jornalista)
FERNANDO GOMES (Sindicalista)
FERNANDO ROSAS (Professor Universitário-Lisboa)
FERNANDO TORDO (Músico)
FRANCISCO SIMÕES (Escultor)
FREI BENTO DOMINGUES (Teólogo)
HELENA PINTO (Deputada)
HENRIQUE BOTELHO (Médico)
INES DE MEDEIROS (Deputada)
INÊS PEDROSA (Escritora)
JAIME RAMOS (Médico)
JOANA AMARAL DIAS (Professora Universitária-Lisboa)
JOÃO CUTILEIRO (Escultor)
JOÃO FERREIRA DO AMARAL (Professor Universitário-Lisboa)
JOÃO GALAMBA (Deputado)
JOÃO TORRES (Secretário-Geral da Juventude Socialista)
JOSÉ BARATA-MOURA (Professor Universitário-Lisboa)
JOSÉ DE FARIA COSTA (Professor Universitário-Coimbra)
JOSÉ JORGE LETRIA (Escritor)
JOSÉ LEMOS FERREIRA (Militar Reformado)
JOSÉ MEDEIROS FERREIRA (Professor Universitário-Lisboa)
JÚLIO POMAR (Pintor)
LÍDIA JORGE (Escritora)
LUÍS REIS TORGAL (Professor Universitário-Coimbra)
MANUEL CARVALHO DA SILVA (Professor Universitário-Lisboa)
MANUEL DA SILVA (Sindicalista)
MANUEL MARIA CARRILHO (Professor Universitário)
MANUEL MONGE (Militar Reformado)
MANUELA MORGADO (Economista)
MARGARIDA LAGARTO (Pintora)
MARIA BELO (Psicanalista)
MARIA DE MEDEIROS (Realizadora de Cinema e Atriz)
MARIA TERESA HORTA (Escritora)
MÁRIO JORGE NEVES (Médico)
MIGUEL OLIVEIRA DA SILVA (Professor Universitário-Lisboa)
NUNO ARTUR SILVA (Autor e Produtor)
ÓSCAR ANTUNES (Sindicalista)
PAULO MORAIS (Professor Universitário-Porto)
PEDRO ABRUNHOSA (Músico)
PEDRO BACELAR VASCONCELOS (Professor Universitário-Braga)
PEDRO DELGADO ALVES (Deputado)
PEDRO NUNO SANTOS (Deputado)
PILAR DEL RIO SARAMAGO (Jornalista)
SÉRGIO MONTE (Sindicalista)
TERESA PIZARRO BELEZA (Professora Universitária-Lisboa)
TERESA VILLAVERDE (Realizadora de Cinema)
VALTER HUGO MÃE (Escritor)
VITOR HUGO SEQUEIRA (Sindicalista)
VITOR RAMALHO (Jurista) - que assina por si e em representação de todos os signatários)

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

sábado, 24 de novembro de 2012

Jorge Amado homenageado na Galeria de Arte do Casino Estoril


A Galeria de Arte do Casino Estoril inaugura, no próximo dia 24 de Novembro, às 15 horas, o XXVI Salão de Outono, que no corrente ano, em que se celebra o centenário de Jorge Amado, terá por tema a sua vida e obra, as personagens dos seus livros, os cenários das suas novelas, as cidades em que viveu.

Jorge Amado lançou alguns dos seus livros nesta Galeria, como “Navegação de Cabotagem”, “Sumiço da Santa” e “História da Descoberta do Brasil pelos Turcos”. Esteve também ligado a dois grandes eventos culturais, um que decorreu nesta Galeria, de 11 a 19 de Fevereiro de 1980, que foi uma Semana Cultural da Bahia, e outro, de 18 a 24 de Maio de 1981, que teve lugar em Salvador, organizada pelo Casino Estoril, uma Semana do Estoril/Portugal, eventos que integram importantes exposições de Artes Plásticas e outras manifestações culturais e que tiveram um significativo apoio de Jorge Amado, que como se sabe, contou entre os seus melhores amigos os ilustradores das suas obras e vários artistas portugueses.

A exposição que a Galeria de Arte do Casino Estoril vai realizar em homenagem a Jorge Amado, tem a participação dos seguintes artistas: Abílio Febra, Albino Moura, Alfredo Luz, Ana Cristina Dias, António Pedro, Armanda Passos, Arménio Ferreira, Branislav Mihajlovic, Calasans Neto, Carlos Ramos, Carybé, Cohen Fusé, Damião Porto, Dário Vidal, Diogo Navarro, Edgardo Xavier, Fernando Gaspar, Floriano Teixeira, Gabriel Seixas, Gil Maia, Gustavo Fernandes, Hugo Ferrão, Ivald Granato, Isabel Sabino, Joaquim Lima Carvalho, João Sotero, Jorge Pé-Curto, Maria Flores, Mário Vinte e Um, Mário Vitória, Marius Moraru, Moisés Preto Paulo, Nélio Saltão, Ophélia Marçal, Paulo Ossião, Pedro Castanheira, Renato Rodiner, Ricardo Gigante, Roberto Chichorro, Rogério Timóteo, Rosa Santana, Rui Tavares, Sara Mata e Vitor Novo.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

No Dia de Santa Cecília

Padroeira da Música

Guido Reni - Santa Cecília, 1606

Portugal! Portugal!




Tiveste gente de muita coragem
E acreditaste na tua mensagem
Foste ganhando terreno
E foste perdendo a memória

Já tinhas meio mundo na mão
Quiseste impor a tua religião
E acabaste por perder a liberdade
A caminho da glória

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Tiveste muita carta para bater
Quem joga deve aprender a perder
Que a sorte nunca vem só
Quando bate à nossa porta

Esbanjaste muita vida nas apostas
E agora trazes o desgosto às costas
Não se pode estar direito
Quando se tem a espinha torta

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Fizeste cegos de quem olhos tinha
Quiseste pôr toda a gente na linha
Trocaste a alma e o coração
Pela ponta das tuas lanças

Difamaste quem verdades dizia
Confundiste amor com pornografia
E depois perdeste o gosto
De brincar com as tuas crianças

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

terça-feira, 20 de novembro de 2012

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Pizza e vinho

Ontem, a pizza estava deliciosa.

Gonçalo Moleiro

Gonçalo Moleiro tem no facebook uma página de desenho e pintura, maioritariamente ligada a Sintra:
https://www.facebook.com/GoncaloMoleiroDesenhoEPintura?ref=hl

domingo, 18 de novembro de 2012

Bartolomeu de Gusmão (1685-1724)


O padre Bartolomeu de Gusmão, nascido em Santos, no Brasil em 1685, faleceu em Toledo em 18 de novembro de 1724.
Biografia: http://www.infoescola.com/biografias/bartolomeu-de-gusmao/



sábado, 17 de novembro de 2012

Duas exposições a não perder

Gráfico, designer, autor de cartazes, assim se auto-define Marian Nowinski, pintor polaco também professor da Academia de Belas Artes de Varsóvia e deão do Departamento de Arte dos Novos Media na Escola Superior polaco-japonesa de Técnicas Informáticas de Varsóvia. 
É autor de inúmeros cartazes, álbuns, livros e publicações multimédia de realizações artísticas e de projectos para a ONU e União Europeia. Tem a seu crédito dezenas de exposições individuais na Polónia e no estrangeiro. Obras suas foram adquiridas para colecções de prestigiadas instituições internacionais. Nowinski vive e trabalha em Varsóvia.
Até 30 de dezembro no Centro Cultural de Cascais.

Esse conjunto de desenhos e aguarelas é propriedade do Instituto Moreira Salles. Charles Landseer, natural de Londres (1799-1879), foi um dos sete filhos sobreviventes (três homens e quatro mulheres) do conhecido gravador John Landseer (1769-1852). O artista permaneceu durante três meses em Lisboa e dez meses no Brasil, integrado numa missão diplomática britânica encarregada de negociar o reconhecimento por Portugal do Brasil independente, país onde chegou a bordo do HMS Wellesley. Na viagem de ida o navio zarpou de Inglaterra, passando por Lisboa, Madeira e Tenerife e no regresso, vindo do Rio de Janeiro, fez escala nos Açores e novamente em Lisboa, antes de rumar ao país de origem. Dessa missão partir-se-ia para a ilegalização do tráfico negreiro e para a abolição da escravatura, numa acção em que Inglaterra, Brasil e Portugal mutuamente se empenharam.
Até 27 de janeiro no Centro Cultural de Cascais.
http://www.fundacaodomluis.com/

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

No Templo de Karnimata


Na Vila de Deshnok, no Rajastão (Índia), existe um templo sagrado (Templo de Karnimata), dedicado aos ratos. Lá, eles são celebridades, tratados como deuses, dispondo de todas as mordomias e privilégios, inclusive sendo todos os dias alimentados. 
É ver para crer!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Apoio à Merkel

Leituras - 13


A banalização das artes e da literatura, o triunfo do jornalismo sensacionalista e a frivolidade da política são sintomas de um mal maior que afeta a sociedade contemporânea: a ideia temerária de converter em bem supremo a nossa natural propensão para nos divertirmos. No passado, a cultura foi uma espécie de consciência que impedia o virar as costas à realidade. Agora, atua como mecanismo de distração e entretenimento. 
A figura do intelectual, que estruturou todo o século XX, desapareceu do debate público. Ainda que alguns assinem manifestos e participem em polémicas, o certo é que a sua repercussão na sociedade é mínima. Conscientes desta situação, muitos optaram pelo silêncio. A Civilização do Espetáculo é uma duríssima radiografia do nosso tempo e da nossa cultura, pelo olhar inconformista de Mario Vargas Llosa.

Alemanha recusa vídeo de Marcelo Rebelo de Sousa