sábado, 28 de abril de 2012

Esta noite no CCB


Bitoque à portuguesa, na Portugália

Ontem fomos à Portugália de Belém e, como estávamos com pressa para ir aos Dias da Música, comemos um bitoque à portuguesa, recém entrado na ementa da cervejaria. Gostámos. Um bife com uma fatia de fiambre e um ovo a cavalo, acompanhado de batatas fritas e arroz.

Retirei de http://economico.sapo.pt/noticias/sao-95-mil-bifes-a-portugalia_96150.html um pouco da história da Portugália:
A Cervejaria Portugália abriu ao público no dia 10 de Junho de 1925, num espaço anexo à porta da Fábrica de Cerveja que ficava localizada na Av. Almirante Reis, na época, um dos locais mais bem frequentados da cidade de Lisboa. Nessa altura, serviam-se acepipes e cerveja avulso aos clientes, enquanto estes aguardavam o enchimento dos seus próprios barris de cerveja à porta da fábrica. Este espaço tornou-se um êxito e rapidamente se implementou uma nova forma de consumir cerveja em Lisboa. Com ela, vieram os mariscos e os famosos bifes que rapidamente se tornaram no prato mais famoso do restaurante.
No final da década de 90, tem início um novo ciclo na vida da empresa. A Portugália inspirou-se no conceito da Cervejaria da Almirante Reis e iniciou uma política de expansão que a torna, hoje, na maior cadeia portuguesa de cervejarias. Desde 1997 foram abertas mais 15 lojas - Colombo, Marina de Cascais e Fórum Algarve foram alguns dos locais escolhidos.
Inserida no grupo Portugália Restauração, a Portugália representa hoje 67,3% das vendas do grupo (Cervejaria 58,1% e Balcão 9,2%), seguida pela Cervejaria Trindade com 11,9%, Brasserie de L' Entrecôte com 7,8%, Cervejaria Ribadouro com 6,7% e o Il Mercato di Pasta com 6,3%. O Grupo Portugália vai ainda investir 14 milhões de euros até 2012 na renovação da imagem de 27 lojas da Portugália Cervejaria e Portugália Balcão. Com uma facturação de 39 milhões de euros em 2009, o grupo regista este ano uma tendência de crescimento com 18,7 milhões de euros de facturação no primeiro semestre. No total, emprega 877 colaboradores.
Ao meio-dia em ponto, quando chegam os primeiros clientes, os empregados sabem de cor e salteado as perguntas que têm de fazer. São sempre as mesmas, mas é preciso decorá-las por ordem. "Deseja bife do pojadouro, vazia ou lombo? E, a seguir, "Quer bem passado, mal passado ou meio-termo?" A terceira, "Qual é o tipo de molho que deseja?" e, por fim, "Qual o acompanhamento que vai desejar?"
Os funcionários nunca se podem esquecer destas perguntas obrigatórias e os mais novos chegam a andar com uma pequena cábula para não se atrapalharem. "Nas acções de formação há um ‘role play' para treinar esta parte", diz Sílvia Grilo. O marcador de bifes é outro acessório fundamental na organização do restaurante. São de plástico, têm três cores e as letras P, L e V (de pojadouro, lombo e vazia). O vermelho significa bife bem passado, o amarelo é meio-termo e o azul é bem passado.
Depois de o prato estar confeccionado, um destes marcadores é colocado no bife. Para quando chegar à mesa o cliente ter a certeza que o prato está de acordo com o que foi pedido. Só que nem todos os marcadores ficam dentro do prato. Alguns clientes, coleccionadores de objectos, levam-nos para casa.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Uma Águia deseja felicidades aos Leões

Sinceramente!

O gato na arte - 16

Derold Page - The Calico Cat's Dream 


GATO

Gato não sofre, existe.

Para o sol, ratos,
militante
das suas unhas.

Crente no seu motor
de ronronar,
em que se embala,
vigilante.

António Osório

Jorge Palma amanhã em Sintra

Jorge Palma vem apresentar o seu novo disco Com Todo o respeito ao Centro Cultural Olga Cadaval. 

Gosto de ti!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

terça-feira, 24 de abril de 2012

Leonard Cohen em Lisboa

Leonard Cohen vem cantar ao Pavilhão Atlântico no dia 7 de outubro. os meus pais foram vê-lo há dois anos ao Passeio Marítimo de Belém. Este ano vai a família toda.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Estes tipos querem dar-nos conselhos?

Este vídeo já tem quatro anos, mas vale a pena ver. É delirante. 
Vejam o mapa de África que eles consultam para tomar decisões. Não saberão que existe um livro chamado atlas ou um planisfério?

Senhora a ler


"Give me a man or woman who has read a thousand books and you give me an interesting companion. Give me a man or woman who has read perhaps three and you give me a dangerous enemy indeed."
Anne Rice - The Witching Hour

Como se fazia um livro em 1947

sábado, 21 de abril de 2012

Na senda do crime


"Guido Brunetti, o sedutor detective criado por Donna Leon, volta a entrar em acção no palco da sua cidade, a mítica Veneza. Neste novo título, o suspense é intenso, desde o início, pela intervenção de Paola, a mulher que partilha a vida do Brunetti. Tendo ela decidido agir «fora da lei» por uma questão de consciência, num protesto contra a promoção de excursões sexuais a países asiáticos, estabelece-se uma cumplicidade entre ambos, que irá comprometer a carreira do commissário. As coisas complicam-se quando um assalto e um assassínio levantam suspeitas de ligações à Máfia, colocando Brunetti sob grande pressão. Como em todos os livros desta série, a intriga policial extravasa o género para revelar de forma brilhante o interesse da autora nas causas profundas do crime e da corrupção que radicam na própria sociedade. É assim que Veneza, no seu esplendor ambíguo se torna quase uma personagem de direito próprio, enfeitiçando-nos com o seu lado sombrio, oculto."

Donna Leon é uma autora que dispensa apresentações. Sobejamente conhecida na Alemanha, Itália, Reino Unido, Espanha, EUA e Portugal, é muitas vezes comparada a Agatha Christie, consagrando-se como uma das melhores escritoras de romances policiais, com a série protagonizada pelo comissário Guido Brunetti. A escritora norte-americana tem vindo a destacar-se mundialmente como uma das mais importantes autoras do policial contemporâneo, sendo que, as suas obras se mantêm sucessivamente nas listas dos mais vendidos em todo o mundo. Regra geral nas suas obras, a escritora oferece aos leitores personagens peculiares, entre as quais se encontram vítimas simpáticas merecedoras de compaixão, assassinos bondosos que não merecem qualquer castigo e criminosos de tal forma perversos que nunca serão punidos. Leon já viveu e ensinou Inglês na Suiça, no Irão, na China e na Arábia Saudita. Actualmente, é professora de Literatura Inglesa numa universidade próxima da cidade de Veneza, onde reside.

É o primeiro livro de Dona Leon que vou ler.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Odilon Redon

Bertrand-Jean Redon, conhecido como Odilon Redon, nasceu em Bordéus a 20 de abril de 1840 e faleceu em Paris a 6 de julho de 1916, sendo considerado o mais importante pintor simbolista francês.
Escolhi um pormenor de um quadro dele para ilustrar o cabeçalho de O Amigo de Colares

Panneau décoratif, 1902

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Poema Erótico

Teu corpo claro e perfeito,
- Teu corpo de maravilha
Quero possuí-lo no leito
Estreito da redondilha...

Teu corpo é tudo o que cheira...
Rosa... flor de laranjeira...
Teu corpo branco e macio
É como um véu de noivado...

Teu corpo é pomo doirado...
Rosal queimado do estio,
Desfalecido em perfume...
Teu corpo é a brasa do lume...

Teu corpo é chama e flameja
Como à tarde os horizontes...
É puro como nas fontes
A água clara que serpeja,
Que em cantigas se derrama...
Volúpia de água e da chama...

A todo momento o vejo...
Teu corpo... a única ilha
No oceano do meu desejo...

Teu corpo é tudo o que brilha,
Teu corpo é tudo o que cheira...
Rosa, flor de laranjeira...

Manuel Bandeira


Desenho e pintura de Degas

quarta-feira, 18 de abril de 2012

O Palácio da Ventura


Sonho que sou um cavaleiro andante.
Por desertos, por sóis, por noite escura,
Paladino do amor, busco anelante
O palácio encantado da Ventura!

Mas já desmaio, exausto e vacilante,
Quebrada a espada já, rota a armadura...
E eis que súbito o avisto, fulgurante
Na sua pompa e aérea formosura!

Com grandes golpes bato à porta e brado:
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...
Abri-vos, portas de ouro, ante meus ais!

Abrem-se as portas d' ouro, com fragor...
Mas dentro encontro só, cheio de dor,
Silêncio e escuridão - e nada mais!

Antero de Quental

terça-feira, 17 de abril de 2012

Música de cinema - 21



Música do filme África Minha, de Sidney Pollack, adaptação do romance de Karen Blixen, dinamarquesa, que nasceu em 17 de abril de 1885.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Para os visitantes de ontem

Ontem o blogue teve muitos visitantes do México. Para eles, esta canção por Linda Ronstadt.

O funcionário do Pingo Doce

António Barreto, desde que superintende na Fundação Francisco Manuel dos Santos, do Jerónimo Martins / Pingo Doce / Amanhecer, até faz anúncios para o patrão. Lindo!...

domingo, 15 de abril de 2012

Música de cinema - 20

Nos 100 anos do afundamento do Titanic, a canção escolhida tinha de ser esta.

Os crimes do buraco da fechadura


Vou começar a ler este policial português. Da contracapa, retirei esta sinopse: "Na melhor tradição da comédia negra policial, num tom muito british e hitchcokiano, Rusty Brown ou, melhor, Miguel Barbosa, envolve-nos em mais um caso de crimes e mistério em que a farsa se combina magistralmente com uma crítica mordaz a uma sociedade social e politicamente doente que se vai afundando num mar de vícios, corrupção e venalidades. Aqui, Lisboa aparece-nos pintada, não com as cores vistosas de um postal para turistas, mas antes com os tons desbotados e sombrios de uma cidade degradada pela licenciosidade mal escondida e pela violência e criminalidade crescente, à espreita onde menos se espera e sob as formas mais perversas e inusitadas. A verve, rica numa linguagem metafórica de todo adequada às personagens e aos ambientes onde elas se movem, bem como o humor cáustico e irreverente de Rusty Brown, explodem neste livro como uma bomba de forte efeito crítico cujos fragmentos atingem e não poupam nenhum dos sectores da nossa sociedade e as deformações de que ela é objecto por parte de quem a distorce e manipula. Uma leitura recomendável a quem saiba reconhecer que o humor e a ironia do autor são duas armas poderosas de que ele se serve para nos fazer rir e pensar."

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Deolinda

Os Deolinda estão esta noite no Centro Cultural Olga Cadaval.  Estou curioso por os ver ao vivo.

Se os povos da Europa não se levantarem, os bancos trarão o fascismo de volta


No momento em que a Grécia é colocada sob a tutela da Troika, que o Estado reprime as manifestações para tranquilizar os mercados e que a Europa prossegue nos salvamentos financeiros, o compositor Mikis Theodorakis apela aos gregos a combater e alerta os povos da Europa para que, ao ritmo a que as coisas vão, os bancos voltarão a implantar o fascismo no continente.
Entrevistado durante um programa político popular na Grécia, Theodorakis advertiu que, se a Grécia se submeter às exigências dos chamados “parceiros europeus” será “o nosso fim quer como povo quer como nação”. Acusou o governo de ser apenas uma “formiga” diante desses “parceiros”, enquanto o povo o considera “brutal e ofensivo”.
“Se esta política continuar, não poderemos sobreviver … a única solução é levantarmo-nos e combatermos”. Resistente desde a primeira hora contra a ocupação nazi e fascista, combatente republicano desde a guerra civil e torturado durante o regime dos coronéis, Theodorakis também enviou uma carta aberta aos povos da Europa , publicada em numerosos jornais gregos.

Excertos: “O nosso combate não é apenas o da Grécia, mas aspira a uma Europa livre, independente e democrática. Não acreditem nos vossos governos quando eles alegam que o vosso dinheiro serve para ajudar a Grécia.
(…) Os programas de “salvamento da Grécia” apenas ajudam os bancos estrangeiros, precisamente aqueles que, por intermédio dos políticos e dos governos a seu soldo, impuseram o modelo político que conduziu à atual crise. Não há outra solução senão substituir o atual modelo econômico europeu, concebido para gerar dívidas, e voltar a uma política de estímulo da procura e do desenvolvimento, a um protecionismo dotado de um controle drástico das finanças. Se os Estados não se impuserem aos mercados, estes acabarão por engoli-los, juntamente com a democracia e todas as conquistas da civilização europeia.
(…) A democracia nasceu em Atenas, quando Sólon anulou as dívidas dos pobres para com os ricos. Não podemos autorizar hoje os bancos a destruir a democracia europeia, a extorquir as somas gigantescas que eles próprios geraram sob a forma de dívidas. Não vos pedimos para apoiar a nossa luta por solidariedade, nem porque o nosso território foi o berço de Platão e de Aristóteles, de Péricles e de Protágoras, dos conceitos de democracia, de liberdade e da Europa.
(…) Pedimos-vos que o façam no vosso próprio interesse. Se autorizarem hoje o sacrifício das sociedades grega, irlandesa, portuguesa e espanhola no altar da dívida e dos bancos, em breve chegará a vossa vez. Não podeis prosperar no meio das ruínas das sociedades europeias. Quanto a nós, acordamos tarde mas acordamos.
Construamos juntos uma Europa nova, uma Europa democrática, próspera, pacífica, digna da sua história, das suas lutas e do seu espírito. Resistamos ao totalitarismo dos mercados que ameaça desmantelar a Europa transformando-a em Terceiro Mundo, que vira os povos europeus uns contra os outros, que destrói o nosso continente, provocando o regresso do fascismo”.
Tradução de Margarida Ferreira. Este apelo encontra-se em http://resistir.info/

Vi na televisão algo sobre este texto de Theodorakis, mas só hoje o encontrei na net. A notícia é de 18. 11. 2011, mas achei que valia a pena colocá-la. Ainda está actual.

No Dia Mundial do Beijo

Toulouse-Lautrec - Au lit, le baiser, 1892

Love's Philosophy

The fountains mingle with the river
And the rivers with the ocean,
The winds of Heaven mix for ever
With a sweet emotion;
Nothing in the world is single,
All things by a law divine
In one spirit meet and mingle -
Why not I with thine?

See the mountains kiss high Heaven
And the waves clasp one another;
No sister-flower would be forgiven
If it disdained its brother;
And the sunlight clasps the earth,
And the moonbeams kiss the sea -
What are all these kissings worth
If thou kiss not me?

Percy Bysshe Shelley

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Ao piano - 2

O pianista Wynton Kelly viveu apenas 40 anos. Nasceu na Jamaica, viveu em Brooklyn e faleceu em Toronto, em 12 de abril de 1971.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Colares Velho



Há dias fomos ao Colares Velho - aqui perto de casa - onde já não íamos há bastante tempo. 
Há uns anos, uma taberna e mercearia foram transformadas em restaurante e salão de chá, espaços muito agradáveis, adaptados pelo José Costa Reis e pela Rosarinho Ganriel. A trouxa de couve lombarda recheada com vitela continua ótima.


Os lanches nesta sala continuam muito bons. Quando lá vou, a minha escolha é invariavelmente um chá Mariage Frères e scones com manteiga e doce de alperce.

sábado, 7 de abril de 2012

Ninho de Páscoa

Calhou-me a mim o Ninho de Páscoa. Vamos a ver como me vou sair desta encomenda.

Dia Nacional dos Moínhos


Aqui declaro que não tem fronteiras.
Filho da sua pátria e do seu povo,
A mensagem que traz é grito novo,
Um metro de medir coisas inteiras.

Redonda e quente como um grande abraço
De pólo a pólo, a sua humanidade.
Tendo raízes e localidade,
É um sonho aberto que fugiu do laço.

Vento da primavera que semeia
Nas montanhas, nos campos e na areia
A mesma lúdica semente,

Se parasse de medo no caminho,
Também parava a vela do moinho
Que mói depois o pão de toda a gente.

Miguel Torga
(Nihil Sibi, Coimbra, 1948, p. 25)

quinta-feira, 5 de abril de 2012

quarta-feira, 4 de abril de 2012

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Livros infantis

Fui procurar, na estante, livros infantis para colocar hoje e encontrei estes dois da colecção Jóias da Literatura Infantil. Parece-me que tive outros da mesma colecção da Didáctica Editora, mas ou estão encaixotados ou desapareceram. O primeiro tem histórias das Mil e Uma Noites e um conto tradicional búlgaro; o segundo tem histórias de Andersen, para além de contos das Mil e Uma Noites.



Dia Internacional do Livro Infantil

Edição comemorativa do bicentenário da primeira publicação alemã de Contos da Infância e do Lar, dos irmãos Jacob e Wilhelm Grimm, pela primeira vez, em Portugal, em tradução integral de Teresa Aica Bairos. É uma edição Círculo de Leitores / Temas e Debates.

Um bom livro para ler hoje.

domingo, 1 de abril de 2012

Uma exposição de Magritte em Sintra

A Traição das Imagens, 1928

Os amantes, 1928

O Centro de Arte Moderna vai reabrir no dia 15 de abril para receber uma grande exposição de obras de Magritte. Vai ser um acontecimento!

Abril - I

Magritte - Les vacances de Hegel, 1958

A razão da escolha do chapéu de chuva para a vinheta deste mês foi o provérbio: Abril, águas mil.