sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Eu nem queria acreditar...


Marcelo Rebelo de Sousa escreveu na página da Presidência da República, em 25.12.2016, a propósito da morte de George Michael: "Manifesto o meu pesar pela morte de George Michael, um artista e compositor versátil e talentoso, com uma longa carreira de inequívoca qualidade. Tal como David Bowie e Prince, para mencionar apenas alguns que este ano nos deixaram, partiu demasiado cedo e de forma inesperada. É difícil não pensar no que George Michael nos podia ainda ter dado, mas pelo menos teremos sempre o que a vida dele nos deixou."
Então, e Leonard Cohen?!

Talvez o nosso PR se tenha lembrado deste boneco que Hugh Grant fez, primorosamente, no filme Music and Lyrics (não me recordo do título em português), inspirado nos Wham.


sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

O Chef hoje recomenda

Crevette grisé, envolvida em molho béchamel, com pequenos apontamentos de salsa frisada australiana, na sua cama de massa fina, banhada em pão ralado crocante e confitada em óleo vegetal.
Preço: €15,00
A mesma especialidade na tasca da esquina: rissol de camarão.
Preço: €1,00

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Winter pleasures


Christa Kieffer - "Winter pleasures": Mercado de Natal em Paris

Esta pintura vai ser a nossa vinheta de Inverno por uns dias.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Dylan: Mudam-se os tempos: música conversada no CCB


Mais do que discutir se o Nobel atribuído este ano a Bob Dylan é justo ou não, entre uma conversa e algumas canções vamos debater que literatura é afinal a deste nome maior da história da música do nosso tempo, que agora pôs meio mundo a falar sobre o mais alto dos prémios literários. De que se fala então quando se fala da escrita de Bob Dylan? Há o volume de memórias, mais um de prosa poética, ambos traduzidos entre nós. Mas foi pela poesia (que andou de mãos dadas com os nomes que definiram a ‘beat generation’) que, pela música, na forma de canções, Dylan ganhou um lugar nas entranhas mais profundas da cultura do nosso tempo.
Moderação por Nuno Galopim.
Temas interpretados por Miguel Araújo.

No CCB, domingo, dia 18, 16h00.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Leituras - 64

Vale a pena ler este livro.


Quando Luaty Beirão e outros 16 activistas foram detidos em Luanda por estarem a ler o livro Da Ditadura à Democracia e por questionarem publicamente a liderança de José Eduardo dos Santos, o mundo assistiu e revoltou-se contra a demonstração de força gratuita do regime angolano. Na prisão de Calomboloca, exigindo ser julgado em liberdade e recusando sempre que a opinião seja considerada crime, o rapper e activista iniciou uma greve de fome que durou 36 dias e o deixou em perigo de vida. Enquanto as imagens do seu corpo cada vez mais fraco corriam mundo, Luaty foi escrevendo um diário. Agora, pela primeira vez, tornam-se públicas todas as páginas que conseguiu salvar dos seus cadernos, e é possível acompanhar o duro percurso de uma luta pela liberdade em pleno século xxi - a importância dos escassos banhos de sol, os truques para tomar banho e lavar roupa com apenas dois litros de água, as saudades da mulher e da filha, as frustrantes conversas com os do poder, as dúvidas, as rimas para cantar mais tarde e até os rituais de sobrevivência dos prisioneiros e os desenhos do presídio.


sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Prémio Nobel da Literatura

Amanhã seria o dia em que Bob Dylan iria receber o prémio das mãos do rei da Suécia. Mas tem mais que fazer... :)



segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Leituras - 63


Tarântula é o primeiro livro publicado por Bob Dylan, uma prosa poética, algo estranha, agora numa edição da Relógio d'Água.
 «(…) Falámos sobre o seu [de Bob Dylan] livro, sobre as suas expectativas em relação a ele e de como queria que ele ficasse. E sobre o que ele lhe queria chamar. Apenas sabíamos que era um “trabalho em progresso”, um primeiro livro de um jovem compositor, um rapaz tímido, a quem a fama depressa chegaria, e que por vezes escrevia poesia que causava em todos nós um efeito de estranheza inexplicável.»
[Do prefácio à primeira edição de Tarântula]


sábado, 3 de dezembro de 2016

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Dezembro - V


Bob Dylan vai ser a primeira vinheta de dezembro. O Nobel da Literatura é entregue no dia 10 e embora o poeta-interprete não vá estar em Estocolmo vai ser sempre lembrado.


quarta-feira, 30 de novembro de 2016

'Bora lá', pessoal!

Nem cria acreditar quando vi este convite para a inauguração de uma BIBLIOTECA da Câmara Municipal de Lisboa. Bora lá é uma expressão adequada para o "Presidente da Câmara Municipal  de Lisboa, Fernando Medina" e "as Bibliotecas" e não o inverso, como se pode ler acima, convidarem alguém para uma inauguração? Só se for um íntimo, muito íntimo. 
Mas nós já estamos habituados a ver coisas destas nas BLX. Na Biblioteca dos Coruchéus está afixada uma tela que nos informa que a Biblioteca serve para 
Conviver
Namorar
Imaginar
Googlar
E (também) ler.


Até a imbecilidade deve ter limites!

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Leituras - 62

Mais uma leitura de A Sintrense, tendo como de fundo a I Guerra Mundial:


"rança, 1916. Uma mulher acorda na cama de um hospital de campanha em Marne, sem qualquer recordação do seu passado ou de como ali chegara. Identificou-se como Stella, mas sente que esse não é o seu verdadeiro nome. De repente, uma palavra incita-a a agir e Stella parte para Londres, onde espera encontrar algumas respostas e abrir as portas para o seu passado. Mas será ela capaz de recuperar a sua memória, enfrentar o seu passado e abraçar uma nova vida?"

domingo, 20 de novembro de 2016

Leituras - 61

A Sintrense leu o último livro de Luísa Beltrão: Vitória, um romance de amor e de guerra. Pelos olhos de Vitória vemos passar a calamidade do conflito que assolou a Europa entre 1914 e 1918, conhecemos a história de uma família dividida pela guerra, questionamos o sentido da vida e das nossas expectativas. 


"Na madrugada de 4 de novembro de 1917, quando faziam exatamente cento e três dias sobre a saída de Vitória de Lisboa, Andrew dava entrada no hospital de Arras. E a vida de Vitória altera-se para sempre.
Desde que entrara no cenário de guerra, onde numa questão de segundos se podia viver ou morrer, ficar louco, cego ou sem braços, Vitória aprendera que a vida nos conduz, de forma sinuosa, para constantes acasos.
Chegara a França para acompanhar o marido, soldado do contingente português na Primeira Guerra Mundial, deixando para trás os filhos e a família tradicional que a moldara. Um acaso fá-la ingressar no corpo de enfermagem como voluntária num hospital inglês e, por outro acaso, estava de serviço naquela madrugada em que ficou incumbida de cuidar do soldado da cama sete. Um herói de guerra, médico, celebrizado nas trincheiras por salvar vidas."

domingo, 13 de novembro de 2016

Leituras - 60


Este novo romance Carlos Ruiz Zafón é o quarto e último livro da série O Cemitério dos Livros Esquecidos, iniciada com A Sombra do Vento.
"Na Barcelona de fins dos anos de 1950, Daniel Sempere já não é aquele menino que descobriu um livro que havia de lhe mudar a vida entre os corredores do Cemitério dos Livros Esquecidos. O mistério da morte da mãe, Isabella, abriu-lhe um abismo na alma, do qual a mulher Bea e o fiel amigo Fermín tentam salvá-lo.
Quando Daniel acredita que está a um passo de resolver o enigma, uma conjura muito mais profunda e obscura do que jamais poderia imaginar planta a sua rede das entranhas do Regime. É quando aparece Alicia Gris, uma alma nascida das sombras da guerra, para os conduzir ao coração das trevas e revelar a história secreta da família… embora a um preço terrível.
O Labirinto dos Espíritos é uma história eletrizante de paixões, intrigas e aventuras. Através das suas páginas chegaremos ao grande final da saga iniciada com A Sombra do Vento, que alcança aqui toda a sua intensidade, desenhando uma grande homenagem ao mundo dos livros, à arte de narrar histórias e ao vínculo mágico entre a literatura e a vida."




segunda-feira, 7 de novembro de 2016

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Leituras - 58


"De pobre jornaleiro rural do Mississípi a presidente do banco de Jefferson residente na mansão, não restam dúvidas de que Flem Snopes foi hábil a galgar a escada social. No entanto, o conforto proporcionado pela sua nova respeitabilidade parece estar a enfraquecer-lhe os talentos demoníacos. Eis então que um outro da sua tribo, Mink, preso há trinta e oito anos, regressa, decidido a vingar-se. A Mansão completa a fabulosa trilogia de William Faulkner em torno dos Snopes, sucedendo aos volumes A Aldeia e A Cidade, e dá conta do fim desta indomável família do pós-Guerra Civil Americana que, ao longo de uma geração, ardilosamente garantiu o domínio de toda a cidade de Jefferson, sede do mítico condado de Yoknapatawpha, no Mississípi, e sobre ela tombou. Publicado em 1959, mais de trinta anos passados do início da saga, este é um livro de escrita aguçada, trespassada por um humor mordaz e por um sentido de fatalismo arrepiante."

terça-feira, 1 de novembro de 2016

A ver...

O filme não é nada de especial, mas toca alerta-nos para alguns interesses de certos norte-americanos com poder no Afeganistão. Talvez um dos aspetos pelos quais não há paz no Afeganistão. Nã interessa.
Mais perto de nós temos a Guiné.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Leituras - 57


"A morte de um homem amado; o pranto de uma mulher que falha uma promessa e se julga castigada; uma mãe, uma filha e o cheiro venenoso das acácias; uma mulher que se extravia dentro dos seus sonhos; aquele elevador com alguém preso lá dentro; o futebol, implacável jogo bravo; setenta e cinco rosas cor de salmão, seguras por um laço de seda e embrulhadas em papel de prata; solidariedade machista, conselhos de um velho a um rapaz; uma água-marinha que traz uma mensagem; não cobiçar as coisas alheias; uma teia de enredos, e a Alice que caiu num buraco do qual dificilmente conseguirá sair. Catorze contos extraordinários, de uma das autoras mais consagradas e inquietantes da literatura actual, que nunca deixa de nos surpreender com a acutilância e profundidade da sua escrita."

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

A ver

Bastante melhor, como filme, do que O código da Vinci, que era muito mau. Tem umas falhas em relação ao livro, mas compreende-se: o livro não caberia no filme com os pormenores todos.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

When The Ship Comes In

Oh the time will come up
When the winds will stop
And the breeze will cease to be breathin’
Like the stillness in the wind
’Fore the hurricane begins
The hour when the ship comes in

Oh the seas will split
And the ship will hit
And the sands on the shoreline will be shaking
Then the tide will sound
And the wind will pound
And the morning will be breaking

Oh the fishes will laugh
As they swim out of the path
And the seagulls they’ll be smiling
And the rocks on the sand
Will proudly stand
The hour that the ship comes in

And the words that are used
For to get the ship confused
Will not be understood as they’re spoken
For the chains of the sea
Will have busted in the night
And will be buried at the bottom of the ocean

A song will lift
As the mainsail shifts
And the boat drifts on to the shoreline
And the sun will respect
Every face on the deck
The hour that the ship comes in

Then the sands will roll
Out a carpet of gold
For your weary toes to be a-touchin’
And the ship’s wise men
Will remind you once again
That the whole wide world is watchin’

Oh the foes will rise
With the sleep still in their eyes
And they’ll jerk from their beds and think they’re dreamin’
But they’ll pinch themselves and squeal
And know that it’s for real
The hour when the ship comes in

Then they’ll raise their hands
Sayin’ we’ll meet all your demands
But we’ll shout from the bow your days are numbered
And like Pharoah’s tribe
They’ll be drownded in the tide
And like Goliath, they’ll be conquered

Bob Dylan

Leiam e depois oiçam:

Com Keith Richards e Ron Wood, os guitarristas dos Stones.


segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Leitura do fim de semana - 1


"About an hour before every concert, Bruce Springsteen draws up a set list of 31 songs, written in big, scrawly letters in marker ink and soon thereafter distributed to his musicians and crew in typed-up, printed-out form. But this list is really just a loose framework. Over the course of an evening, Springsteen might shake up the order, drop a song, call a few audibles to his seasoned, ready-for-anything E Street Band, or take a request or two from fans holding handwritten signs in the pit near the front of the stage. Or he might do all of the above and then some — as he did on the first of the two nights that I saw him perform in Gothenburg, Sweden, this summer.
That night, at the last minute, Springsteen jettisoned his plan to open with a full-band version of “Prove It All Night,” from his 1978 album, Darkness on the Edge of Town, and instead began the show solo at the piano with “The Promise,” a fan-beloved Darkness outtake. Eight songs in, he again went off-list, playing a stretched-out, gospelized version of “Spirit in the Night,” from his first album, 1973’s Greetings from Asbury Park, N.J., which he followed with “Save My Love,” a sign request. Onward he went with tweaks and spontaneous additions, to the point where, by the time the show was over, it was past midnight and Springsteen, a man approaching his 67th birthday, had played for nearly four hours — his second-longest concert ever."

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

To fall in love with you



Acrescento pouco depois de ter sido anunciado que Bob Dylan é o Nobel da Literatura 2016:
«Bob Dylan é o vencedor do Prémio Nobel da literatura de 2016. O músico folk de 75 anos, norte-americano, é o primeiro cantor a receber a distinção, por "ter criado novas expressões poéticas na grande tradição da canção americana", segundo revelou a secretária-permanente da Academia Sueca Sara Danius. "ele pode ser lido e deve ser lido", insistiu.» (DN on-line)

Parabéns, Bod Dylan!

domingo, 9 de outubro de 2016

Leituras - 56


Foram poucas as vezes em que um artista contou a sua própria história com tanta força e coragem, equilibrando o lirismo de um músico singular e a sabedoria de um homem que refletiu profundamente acerca das suas experiências de vida.
Durante os últimos sete anos, desde uma atuação marcante no Super Bowl com a E Street Band, Bruce Springsteen tem-se dedicado a escrever a história da sua vida, recordando vividamente, com a honestidade, humor e originalidade que se encontram nas suas canções, a sua busca incessante em tornar-se músico. Com uma sinceridade desarmante, conta também, pela primeira vez, a história das batalhas pessoais que inspiraram os seus melhores trabalhos, mostrando-nos como a canção «Born to Run» é mais reveladora do que alguma vez se tinha pensado.
Born to Run será inspirador para todos quanto gostam de Bruce Springsteen; no entanto, esta obra é muito mais do que as memórias de uma lendária estrela do rock. Este é um livro para os trabalhadores e os sonhadores, para os pais e os filhos, para os amantes e os solitários, para artistas, freaks ou para quem sempre quis ser batizado no rio sagrado do rock and roll.


segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Outubro - VI

Marc Chagall - The Triumph of Music, 1966.
Maquete final para o mural da Metropolitan Opera, Lincoln Art Center, New York.
Col. particular

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Leituras - 55

Acabado de sair e começado a ler:


O novo romance de Orhan Pamuk combina uma história de amor marcante com um retrato muito pessoal de Istambul e das profundas mudanças aí ocorridas entre 1969 e 2012.
Mevlut viu-a apenas uma vez e foi o suficiente para se apaixonar. Após 3 anos de cartas enviadas em segredo, decidem fugir. A escuridão da noite auxilia a fuga mas a luz de um relâmpago revela um engano terrível que os marcará para sempre.
Chegados a Istambul, Mevlut decide aceitar o seu destino seguindo os passos do pai. Todas as noites vende boza, uma bebida tradicional turca, esperando um dia enriquecer. Durante quatro décadas acompanhamos Mevlut pelas ruas de Istambul, o seu olhar face às alterações que ocorrem e as diferentes pessoas com quem se cruza.
(Da contracapa do livro.)

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

O homem quer qualquer coisa! O quê?


“Acredito que me queiram afastar de tudo” - o juiz Carlos Alexandre ao Expresso. Será que é ele que quer ser afastado? Se não consegue incriminar Sócrates, como é que o juiz sai disto? Passa a bola a outro e não será este o 'incompetente'.
Mas, com estas entrevistas, ficou provado que não podemos ter a justiça nas mãos de juízes com estas cabeças desreguladas. 

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Leituras - 54


Frances estava habituada a fazer tudo o que queria. A sua reacção não foi pois a melhor quando soube que, de acordo com os termos do testamento do pai, estava impossibilitada de casar antes de perfazer vinte e cinco anos. Caso o fizesse seria imediatamente excluída do testamento. A jovem contrata então Perry Mason com o objectivo de invalidar a cláusula, não obstante os termos rígidos em que estava redigida e que garantiam ao seu tio um poder absoluto sobre a fortuna até ao dia desse ainda distante aniversário. Mas o documento continha um vazio legal - se o tio morresse antes dessa data, Frances ficaria com todo o dinheiro. Daí que a morte dele lhe cause uma enorme alegria - até ao momento em que dá por si no papel de principal suspeita…

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Gelateria Giolitti



A dificuldade está na escolha. Picámos o ponto todos os dias. Vamos ter saudades dos gelados e não só.