quarta-feira, 30 de novembro de 2011

As vozes do fado: a minha selecção - 6



Beijei teu retrato,
esborratou-se a tinta,
num corpo abstracto
que a saudade pinta...
E a esquadrinhar teus traços já dei por mim louca:
‘Diz-me lá, Picasso, onde ele tem a boca?’

Esse teu retrato
vou expô-lo em Paris,
já usado e gasto
ver se alguém me diz
onde é que te encontro,
se não te perdi...

Por te ter chorado
desfiz o meu rosto
e num triste fado
encontrei encosto.
Dei-me a outros braços mas nada que preste...
‘Diz-me lá, Picasso, que amor é este?’

Este meu retrato
vou expô-lo em Paris,
e assim ao teu lado
eu hei-de ser feliz.
Se nunca te encontro
nunca te perdi.

Sei...
não há só tangos em Paris,
e nos fados que vivi
só te encontro em estilhaços

Pois bem,
Tão certa, espero por ti.
Se com um beijo te desfiz,
com um beijo te refaço!

Natal em Monserrate

No dia 3 de Dezembro, sábado, às 11.30h, os Amigos de Monserrate realizam o já tradicional encontro de Natal, que este ano terá a colaboração do Coro da Academia de Música Acorde de Sintra. Um coro infanto/juvenil irá cantar músicas de Natal na varanda do Palácio, fazendo ecoar por todo o jardim de Monserrate o espírito festivo do Advento.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

As vozes do fado: a minha selecção - 1

Se o peru não fizer greve

Vamos comer o peru e confraternizar a casa dos nossos amigos americanos. É sempre uma noite bem passada.
No Natal é a vez deles virem a nossa casa.

Quem vai estar na Belavista no dia 3.6.2012? EU!




THE RIVER

I come from down in the valley
where mister when you're young
They bring you up to do like your daddy done
Me and Mary we met in high school
when she was just seventeen
We'd ride out of that valley down to where the fields were green

We'd go down to the river
And into the river we'd dive
Oh down to the river we'd ride

Then I got Mary pregnant
and man that was all she wrote
And for my nineteenth birthday I got a union card and a wedding coat
We went down to the courthouse
and the judge put it all to rest
No wedding day smiles no walk down the aisle
No flowers no wedding dress

That night we went down to the river
And into the river we'd dive
Oh down to the river we did ride

I got a job working construction for the Johnstown Company
But lately there ain't been much work on account of the economy
Now all them things that seemed so important
Well mister they vanished right into the air
Now I just act like I don't remember
Mary acts like she don't care

But I remember us riding in my brother's car
Her body tan and wet down at the reservoir
At night on them banks I'd lie awake
And pull her close just to feel each breath she'd take
Now those memories come back to haunt me
they haunt me like a curse
Is a dream a lie if it don't come true
Or is it something worse
that sends me down to the river
though I know the river is dry
That sends me down to the river tonight
Down to the river
my baby and I
Oh down to the river we ride

Bruce Springsteen

Bom dia!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A nossa VOZ

Como se aproxima o dia em que a UNESCO escolherá (esperemos que o faça) o fado como Património Imaterial da Humanidade, vou postar uns fados e uns/umas fadistas: a minha selecção. E, como não podia deixar de ser, a primeira é a AMÁLIA.

Feist: How come you never go there

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Candidaturas a Património da Humanidade

José Malhoa - Fado, 1910

O VI Comité Inter-Governamental da UNESCO, que analisará a candidatura do Fado a Património Imaterial da Humanidade, começa hoje em Bali, na Indonésia, decorrendo até dia 29.
O comité é presidido pelo embaixador da Indonésia junto da UNESCO, Aman Wirakartakusumah, e é constituído por 24 países, cujos delegados deverão analisar um total de 49 candidaturas para inscrição na lista do Património Imaterial da Humanidade, entre as quais a do Fado. A candidatura portuguesa é uma das sete melhor recomendadas pelo Comité de Peritos da UNESCO, ao lado da do conhecimento dos jaguares, pelos xamãs da tribo ameríndia colombiana Yurupari, da música Mariachi, do México, das danças Nijemo Kolo da Dalmácia (Croácia), da música e dança tsiattista do Chipre, e da cavalgada de reis da Morávia (República Checa).
Espera-se que o resultado seja conhecido no fim-de-semana, pelo que o Museu do Fado estará de portas abertas todo o sábado e domingo, com programação especial e sendo a entrada gratuita.

O gato na arte - 4

Charles Wysocki - Papel de parede com gato

sábado, 19 de novembro de 2011

Hoje no Coliseu


Lá estaremos!

A Espanha em Lisboa - 3

Cuerpos de Dolor. A Imagem do Sagrado na Escultura Espanhola (1500-1750).
Na Galeria de Exposições Temporárias do Museu Nacional de Arte Antiga até 25 Mar. 2012.

Abarcando os séculos áureos da escultura espanhola, a exposição “Cuerpos de Dolor. A imagem do sagrado na escultura espanhola (1500-1750)” constitui uma escolhida amostra das importantes colecções do Museo Nacional de Escultura (Valhadolid, Espanha), conhecido como o “Prado da Escultura”.
Pela primeira vez, Portugal terá o privilégio de acolher mais de três dezenas de esculturas de grandes mestres espanhóis – desde o declinar da Idade Média ao ocaso do Período Barroco –, como Berruguete, Juan de Juni, Pompeo Leoni, Gregorio Fernández, Alonso Cano, Pedro de Mena, Pedro de Sierra ou Salzillo.
Uma exposição inquietante – ascetas, mártires, virgens, Cristos crucificados – capaz de provocar no visitante uma impressão que ultrapassa as fronteiras da estética, todavia inquestionável, numa importante chamada de atenção para a relevância do acervo deste museu espanhol.
“Cuerpos de Dolor” inscreve-se numa nova dinâmica, à qual pertencem a recente exposição “Confrontos. Bosch e o Seu Círculo” – que possibilitou ao Museu Nacional de Arte Antiga acolher duas importantes obras do Museu Groningen (Bruges, Bélgica) –, a transposição para a National Gallery of Art (Washington, EUA) da mostra “A Invenção da Glória. D. Afonso V e as Tapeçarias de Pastrana”, ou a circulação, primeiro para o próprio Museo Nacional de Escultura e, em seguida, para o não menos prestigioso Museo de Bellas Artes de Valencia (a 2 de Novembro de 2011), da exposição “Primitivos. El Siglo Dorado de la Pintura Portuguesa”.
http://mnaa.imc-ip.pt/pt-PT/exposicoes%20temporarias/em%20curso/ContentDetail.aspx?id=517

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A Espanha em Lisboa - 1

Já houve cinema; agora é a época da música, das exposições e dos encontros de escritores.
Esta mostra sobre o desenho espanhol contemporâneo já andou por outros países e diz quem viu que é de não perder.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Still loving you

Ditos do Álvaro

Álvaro Santos Pereira - Portugal na hora da verdade, Lisboa, Gradiva, 2011, p. 511

Quando o Álvaro apareceu há dias na televisão, a minha mãe começou a cantar


E agora sempre que o Álavro aparece, cantamos todos "Aveva una casetta piccolina in Canada con vasche, pesciolini e tanti fiori ...", no meio de grandes risadas.

Gonçalo Moleiro expõe em Colares


Uma das seis aguarelas expostas: 
Gonçalo Moleiro - Azenhas do Mar

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Bravo!

Que par de palermas!

«A senhora Merkel, por mais tacanha que seja, e é bastante, e o senhor Sarkozy, por mais bailarino que seja, e também é bastante, vão perceber que tudo os empurra para sair da situação, senão serão vítimas.»
Mário Soares sobre o casal Merkezy e a situação europeia

Sintra

Um pitoresco trecho do velho burgo de Sintra, óleo de José Ribeiro

domingo, 13 de novembro de 2011

O gato na arte - 3

Picasso - Dora Maar au chat, 1941
"Dora Maar au chat é um quadro de Pablo Picasso realizado em 1941, no cume da relação entre Picasso e a sua musa Dora Maar, que durou de 1935 a 1945. Este quadro é considerado uma das obras-primas do pintor." (http://fr.wikipedia.org/wiki/Dora_Maar_au_chat)
O quadro foi vendido em 2006 pela Sotheby's de Nova York por 101,8 milhões de dólares.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Depois do sol


Fez-se noite com tal mistério,
Tão sem rumor, tão devagar,
Que o crepúsculo é como um luar
Iluminando um cemitério . . .
Tudo imóvel . . . Serenidades . . .
Que tristeza, nos sonhos meus!
E quanto choro e quanto adeus
Neste mar de infelicidades!

Oh! Paisagens minhas de antanho . . .
Velhas, velhas . . . Nem vivem mais . . .
— As nuvens passam desiguais,
Com sonolência de rebanho . . .
 Seres e coisas vão-se embora . . .
E, na auréola triste do luar,
Anda a lua, tão devagar,
Que parece Nossa Senhora

Pelos silêncios a sonhar . . .

Cecília Meireles

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

domingo, 6 de novembro de 2011

O inventor do saxofone

Adolphe Sax nasceu em Dinant, na Bélgica, a 6 de novembro de 1814 e faleceu 79 anos mais tarde. Foi um construtor de instrumentos, tendo ficado conhecido por ter construído o saxofone.

Dois saxofonistas de que gosto:


sábado, 5 de novembro de 2011

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

CONTRA A EXTINÇÃO/REDUÇÃO dos horários nocturnos da CARRIS/METRO!


Acabei de ler e assinar esta petição online:
«CONTRA A EXTINÇÃO/REDUÇÃO dos horários nocturnos da CARRIS/METRO!»
http://www.peticaopublica.com/?pi=P2011N16007
Pessoalmente concordo com esta petição e acho que também vão concordar.
Subscrevam-na aqui http://www.peticaopublica.com/?pi=P2011N16007 e divulguem-na pelos vossos contactos.

O Governo devia aproveitar a crise para melhorar os transportes públicos, mas não. Não sei o que esta gente quer. Há muito menos dinheiro. E como vão as pessoas trabalhar? Ou como regressam a casa? A pé?
Esse Álvaro - que tem a pasta dos Transportes - é um extra-terrestre. Não deve ter vindo de Vancouver. Ou então é um Vancouver doutro planeta.

Bom fim-de-semana!

Com esta Pavane de Gabriel Fauré, que faleceu em 4 de Novembro de 1924, e umas pinturas de Monet.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Leãozinho


Vamos - A Sintrense e eu - esta noite até ao Pavilhão Atlântico assistir ao concerto destes dois brasileiros. Uma oportunidade para rever Caetano Veloso e ver Maria Gadú ao vivo.

Leituras - 3


"Depois do estrondoso êxito popular das aventuras de Sherlock Holmes, muitos foram os autores que seguiram na esteira de Conan Doyle, procurando criar personagens capazes de rivalizar com o Grande Detective no emprego da 'Arte da Dedução' por ele definida e aplicada. Um dos que mais se aproximou do mestre foi Sebastian Zambra, investigador especializado numa técnica a que Holmes só parece ter dado relevância, depois de se exilar no Sussex: a fotografia. Zambra vive em Londres (no Strand) e, em regra, é ele o narrador dos seus casos, todos eles pitorescos e solucionados a contento graças a raciocínios bem elaborados. Catorze anos antes de surgir o Dr. Thorndike – o mais célebre paradigma do 'detective cientifico', criado em 1907, por R. Austin Freeman -, Headon Hill (pseudónimo do escritor inglês Francis Edward Grainger) assume-se como pioneiro, ao criar um dos primeiros investigadores que recorrem a recentes avanços tecnológicos para obter ou fixar provas que permitam confundir o culpado e impedir que se furte ao justo castigo da malfeitoria cometida."
Recomendo este livro,  da colecção Vampiro (n.º 703), que estou a acabar de ler. E mais não digo porque o suspense é a alma do policial.
O escritor Francis Edward Grainger viveu entre 1857 e 1927.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

No Dia dos Mortos

José Guadalupe Posada - Nascimento de Vénus

No México, o Dia dos Mortos é uma celebração de origem indígena. As festas começam no doa 1 de novembro, coincidindo com os dias de Todos-os-Santos e dos Fiéis Defuntos. Estas festas são também celebradas noutras regiões da América Latina e foram declaradas como Património da Humanidade, pela UNESCO.
José Guadalupe Posada (1852–1913) é um ilustrador mexicano que influenciou muitos artistas latino-americanos, devido ao seu humor acutilante e engajamento político.

O gato na arte - 2

Paul de Vos - Luta de gatos na cozinha, séc. XVIII
Madrid, Museu do Prado

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Achtung, Baby! - 20 anos depois

Novembro - I

Matisse - Ramo de dálias e livro branco, 1923

Este quadro faz parte da exposição A Perspectiva das Coisas. A Natureza-morta na Europa: Séculos XIX-XX que está na Gulbenkian até 8 de Janeiro de 2012.
Uma exposição imperdível!