quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O homem não sabe o que diz

 "Portugal (...) tem que ser mais alemão do que os alemães."
Diogo Feio no Público, 28 fev. 2012

Para já, podíamos devolver os submarinos à Alemanha - quem aventou esta hipótese foi o insuspeito ex-ministro Cadilhe.
E em que pensaria Diogo Feio? No facto da Alemanha ter vendido oito submarinos à Grécia quando esta já estava depenada? Quando a Siemens, uma empresa alemã, fez grandes negociatas no apetrechamento dos estádios para os Jogos Olímpicos de Atenas, quando toda a gente já sabia que a Grécia estava em dificuldades? Ou no não pagamento da dívida de guerra pela Alemanha à Grécia?

Como a economia global produz bens baratos

Música de cinema - 14

Coeur volant, cantada pela francesa Zaz, faz parte da banda musical de Hugo.

Caranguejos

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Duas homenagens ao cinema



São duas homenagens ao cinema, mas o filme de Scorsese é muito mais inovador (do meu ponto de vista, claro) do que o de Hazanavicius. Parece-me até incompreensível a celebridade alcançada por este filme, a não ser pelo gosto retro que se manifesta em certa camada. Gostos!...
Ambos os filmes tiveram cinco Óscares.
Voltarei aos Óscares.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

A drinking song


Eugene Ivanov - Drinking song
Acrílico sobre tela

Wine comes in at the mouth
And love comes in at the eye;
That’s all we shall know for truth
Before we grow old and die.
I lift the glass to my mouth,
I look at you, and I sigh.

W. B. Yeats

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Sábado à noite

O gato na arte - 11

Pierre-Augusto Renoir - La fille dormant, 1880
Museu do Prado, Madrid

Mais uma rapariga e mais um gato de Renoir.

De tarde

Naquele pique-nique de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.

Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.

Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampámos, inda o Sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão-de-ló molhado em malvasia.

Mas, todo púrpuro a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!

Cesário Verde

O gato na arte - 10

Pierre-Auguste Renoir - La fille au chat

Este pintor francês nasceu em Limoges, a 25 de fevereiro de 1841.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Noite apressada


Era uma noite apressada
depois de um dia tão lento.
Era uma rosa encarnada
aberta nesse momento.
Era uma boca fechada
sob a mordaça de um lenço.
Era afinal quase nada,
e tudo parecia imenso!

Imensa, a casa perdida
no meio do vendaval;
imensa, a linha da vida
no seu desenho mortal;
imensa, na despedida,
a certeza do final.

Era uma haste inclinada
sob o capricho do vento.
Era a minh'alma, dobrada,
dentro do teu pensamento.
Era uma igreja assaltada,
mas que cheirava a incenso.
Era afinal quase nada,
e tudo parecia imenso!

Imensa, a luz proibida
no centro da catedral;
imensa, a voz diluída
além do bem e do mal;
imensa, por toda a vida,
uma descrença total!


David Mourão-Ferreira

D.M.-F. também nasceu a 24 de fevereiro, mas de 1927.

Nascidos a 24 de fevereiro de 1955

Steve Jobs (falecido no passado dia 5 de outubro)

"A inovação é o que distingue um líder de um seguidor." (Steve Jobs)

Alain Prost

"Existe um medo que emerge da consciência e que provém do instinto de conservação. Este deve existir. E depois há o medo que paralisa e que faz perder uns décimos de segundo. Este deve desaparecer. " (Alain Prost)

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Ombra mai fu


Frondi tenere e belle
del mio platano amato
per voi risplenda il fato.
Tuoni, lampi, e procelle
non v'oltraggino mai la cara pace,
nè giunga a profanarvi austro rapace.

Ombra mai fu
di vegetabile,
cara ed amabile,
soave più.


Händel nasceu em 23 de fevereiro de 1685, em Halle, na Alemanha.

No comboio descendente



No comboio descendente
Vinha tudo à gargalhada.
Uns por verem rir os outros
E outros sem ser por nada
No comboio descendente
De Queluz à Cruz Quebrada...

No comboio descendente
Vinham todos à janela
Uns calados para os outros
E outros a dar-lhes trela
No comboio descendente
De Cruz Quebrada a Palmela...

No comboio descendente
Mas que grande reinação!
Uns dormindo, outros com sono,
E outros nem sim nem não
No comboio descendente
De Palmela a Portimão.

Fernando Pessoa


Nos 25 anos da morte de José Afonso!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

"Os carnavais deste Governo"

Não costumo ler o jornal Sol, mas ontem, enquanto tomava um café, folheei-o e li a crónica de Pedro d'Anunciação, com o título em título, de que transcrevo uns passos:
"Passos Coelho varreu sem pieguices o Carnaval, advertindo não ser esse o mais importante dos feriados que o Governo vai extinguir. Esqueceu-se, talvez, que era o mais popular de todos - e isso, só por si, dá-lhe uma importância que um líder político não deve menosprezar: Cavaco que o diga - e disse-o. [...]
Mas todos estes feriados extintos, e todos importantes do ponto de vista dos valores e identidade, demonstram como este Governo liberalizou demasiado esses valores, a começar pela soberania nacional: daí vender a um Estado estrangeiro, como a China, o estratégico sector eléctrico nacional (mais o que se verá). Apenas com o fito no dinheiro a mais que de lá vem. Como se uma pessoa devesse aceitar qualquer actividade menos digna, na sua vida pessoal, só porque dá mais dinheiro."
Melhor é impossível!

Não posso adiar o amor


Não posso adiar o amor para outro século
Não posso
Ainda que o grito sufoque na garganta
Ainda que o ódio estale e crepite e arda
Sob montanhas cinzentas
E montanhas cinzentas
Não posso adiar este abraço
Que é uma arma de dois gumes
Amor e ódio

Não posso adiar
Ainda que a noite pese séculos sobre as costas
E a aurora indecisa demore
Não posso adiar para outro século a minha vida
Nem o meu amor
Nem o meu grito de libertação

Não posso adiar o coração

António Ramos Rosa

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Sintra

Editado em 1989, com texto de Vítor Serrão e fotos de Manuel José Palma, é um dos bons guias que se escreveram sobre Sintra.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Um homem cheio de coragem!

Na página 1 do jornal i, de hoje.

"Temos de ajudar Mário Soares a acabar o mandato com dignidade."
Cavaco Silva, em maio 1994

O feitiço a virar-se contra o feiticeiro!

É sexta-feira


Sexta-feira (Emprego Bom Já)
Boss AC

Tantos anos a estudar para acabar desempregado
Ou num emprego da treta, mal pago
E receber uma gorjeta que chamam salário
Eu não tirei o Curso Superior de Otário
...não é por falta de empenho
Querem que aperte o cinto mas nem calças tenho
Ainda o mês vai a meio já eu 'tou aflito
Oh mãe fazias-me era rico em vez de bonito

É sexta-feira
Suei a semana inteira
No bolso não trago um tostão
Alguém me arranje emprego
Bom bom bom bom
Já já já já

Eles enterram o País o povo aguenta
Mas qualquer dia a bolha rebenta
De boca em boca nas redes sociais
Ouvem-se verdades que não vêm nos jornais
Ter carro é impossível
Tive que o vender para ter combustível
Tenho o passe da Carris mas hoje estão em greve
Preciso de boleia, alguém que me leve

É sexta-feira
Suei a semana inteira
No bolso não trago um tostão
Alguém me arranje emprego
Bom bom bom bom
Já já já já

É sexta-feira
Quero ir para a brincadeira
mas eu não tenho um tostão
Alguém me arranje emprego
Bom bom bom bom
Já já já já

Basta ser honesto e eu aceito propostas
Os cotas já me querem ver pelas costas
Onde vou arranjar dinheiro para uma renda?
Não tenho condições nem pa alugar uma tenda
Os bancos só emprestam a quem não precisa
A mim nem me emprestam pa mudar de camisa
Vou jogar Euromilhões a ver se acaba o enguiço
Hoje é sexta-feira vou já tratar disso

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Ornatos Violeta

Petição sobre a dívida da Alemanha à Grécia em reparação pela invasão na II Guerra Mundial

Veio por email, mas como foi desativada, procure aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=xKPYXxOYEQc

Justificação – em detalhe

A Alemanha devia pagar as suas obrigações à Grécia, há muito em dívida.

No Verão de 1940 Mussolini, apercebendo-se da presença de soldados alemães nos campos petrolíferos da Roménia (um aliado da Alemanha), considerou isso um sinal perigoso da expansão da influência alemã nos Balcãs e decidiu invadir a Grécia. Em Outubro de 1940, a Grécia foi arrastada para a Segunda Guerra Mundial pela invasão do seu território. Para salvar Mussolini de uma humilhante derrota, Hitler invadiu a Grécia em Abril de 1941.
A Grécia foi saqueada e devastada pelos alemães como nenhum outro país durante a ocupação alemã. O Ministro Alemão da Economia, Walter Funk, assumiu que a Grécia sofreu as atribulações da guerra como nenhum outro país da Europa.
À sua chegada, os alemães começaram a saquear o país. Apropriaram-se de tudo o que necessitavam para a sua estadia na Grécia e despachavam para a Alemanha tudo aquilo a que conseguiam deitar a mão: alimentos, produtos industriais, equipamento industrial, mobiliário, objectos artísticos provenientes de colecções valiosas, pinturas, tesouros arqueológicos, relógios, jóias, e até os puxadores das portas de algumas casas. A produção completa das minas gregas de pirites, minério de ferro, crómio, níquel, manganésio, magnesite, bauxite e ouro foi enviada para a Alemanha. James Schafer, um executivo do petróleo americano que trabalhava na Grécia, resumiu a situação: “Os alemães estão a saquear tanto quanto conseguem, tanto abertamente como forçando os gregos a vender em troca de marcos de papel sem valor, emitidos localmente” (Mazower p.24). Mussolini queixou-se ao seu ministro dos negócios estrangeiros, o conde Ciano: “Os alemães roubaram até os cordões dos sapatos aos gregos ” (Ciano p.387).
O saque completo do país, a hiperinflação gerada pela impressão descontrolada de Marcos de Ocupação pelos comandantes locais alemães e o consequente colapso económico do país provocaram uma fome devastadora. Para além de alimentar os 200000 a 400 000 soldados de ocupação do Eixo estacionadas na Grécia, o país foi forçado a fornecer os que estavam envolvidas nas operações militares no Norte de África. Frutos, vegetais, gado, cigarros, água e até frigoríficos foram enviados do porto grego do Pireu para portos líbios (Iliadakis p. 75). A Cruz Vermelha Internacional e outras fontes estimaram que entre 1941 e 1943 pelo menos 300 000 gregos morreram de fome (Blytas p. 344, Doxiadis p.37, Mazower p.23).

A Alemanha e Itália impuseram à Grécia somas exorbitantes como despesas de ocupação para cobrir não apenas os custos de ocupação mas também para suportar os esforços de guerra alemães no Norte de África. Como percentagem do produto nacional bruto, estas somas foram muito superiores aos custos de ocupação suportados pela França (apenas um quinto dos que foram pagos pela Grécia), Holanda, Bélgica, ou Noruega. Ghigi, o plenipotenciário italiano na Grécia, disse em 1942, “A Grécia está completamente exaurida” (Mazower p. 67). Num acto de abuso de poder, as autoridades de ocupação forçaram o governo de Tsolakoglou a pagar indemnizações aos cidadãos alemães, italianos e albaneses que residiam na Grécia ocupada por prejuízos, presumivelmente ocorridos durante as operações militares. Os cidadãos italianos e albaneses receberam somas equivalentes a 783 080 dólares e 64 626 dólares, respectivamente! (Iliadakis p. 96). A Grécia, que foi destruída pelo Eixo, foi forçada a pagar a cidadãos dos seus inimigos por alegados danos que não foram provados.
Para além das despesas de ocupação, a Alemanha obteve à força um empréstimo da Grécia (empréstimo de ocupação) de 3500 milhões de dólares. O próprio Hitler conferiu carácter legal (inter-governamental) a este empréstimo e deu ordens para começar o processo de pagamento. Depois do fim da guerra, na reunião de Paris em 1946, foram atribuídos à Grécia 7100 milhões de dólares (dos 14000 pedidos) como reparações de guerra.
A Itália pagou à Grécia a sua quota-parte do empréstimo de ocupação, e tanto a Itália como a Bulgária pagaram as reparações de guerra à Grécia. A Alemanha pagou as reparações de guerra à Polónia, em 1956, sob pressão dos EUA e do Reino Unido; pagou também reparações de guerra à Jugoslávia em 1971 (para aplacar Tito e evitar que ele aderisse ao Bloco Soviético). A Grécia exigiu o pagamento da Alemanha em 1945, 1946, 1947, 1964, 1965, 1966, 1974, 1987, e em 1995 (após a reunificação da Alemanha). Antes da unificação da Alemanha, utilizando o acordo de Londres de 27 de Fevereiro de 1953, a Alemanha Ocidental evitou o pagamento das obrigações decorrentes do empréstimo de ocupação e das reparações de guerra, usando o argumento que nenhum “tratado de paz final” tinha sido assinado. Em 1964, o chanceler alemão Erhard prometeu o pagamento do empréstimo após a reunificação da Alemanha, que ocorreu em 1990. A revista alemã Der Spiegel escreveu, em 23 de Julho de 1990, que o acordo “Dois-Mais-Quatro” (assinado entre as duas Alemanhas e as quatro potências mundiais EUA, URSS, Reino Unido e França), ao preparar o caminho para a unificação alemã, fazia desaparecer o pesadelo dos pedidos de reparações que poderiam ser exigidos por todos os que tivessem sido prejudicados pela Alemanha, caso tivesse sido assinado um “tratado de paz”. Esta afirmação do “Der Spiegel” não tem nenhuma base legal, mas é um reconhecimento dos estratagemas usados pela Alemanha para recusar um acordo com a Grécia (ver também o “The Guardian” de 21 de Junho de 2011). A mesma revista, em 21 de Junho de 2011, cita um historiador económico, Dr. Albrecht Ritschl, que aconselha a Alemanha a tomar uma atitude mais moderada na crise europeia de 2008-2011, uma vez que poderia enfrentar renovadas e justificadas exigências de reparações.
Os indicadores do valor actual das dívidas alemãs à Grécia são os seguintes: com base na taxa média de juros das Obrigações do Tesouro dos EUA desde 1944, que é cerca de 6%, estima-se que o valor actual do empréstimo de ocupação seja de 163,8 mil milhões dólares e o valor da reparação de guerra seja de 332 mil milhões de dólares.
O economista francês e consultor do governo, Jacques Delpla, declarou, em 2 de Julho de 2011, que a Alemanha deve à Grécia 575 mil milhões de euros devido a obrigações decorrentes da Segunda Guerra Mundial (Les Echos, sábado, 2 de julho, 2011).
Os alemães não levaram apenas “os cordões dos sapatos” aos gregos. Durante a Segunda Guerra, a Grécia perdeu 13% da sua população como resultado directo da guerra (Doxiadis p 38, Illiadakis p 137). Em resultado da resistência à invasão do país, quase 20.000 combatentes gregos foram mortos, mais de 100 mil foram feridos ou sofreram queimaduras com o gelo e cerca de 4.000 civis pereceram em ataques aéreos. Mas estes números são irrisórios quando comparados com a perda de vidas humanas durante a ocupação.
De acordo com estimativas moderadas, as mortes decorrentes directamente da guerra ascendem a cerca de 578 mil (Sbarounis p. 384). Estas mortes foram o resultado da fome persistente, causada pelo saque e pelas políticas económicas do Eixo e pelas atrocidades cometidas tanto como represálias, como por resposta à resistência ou como meio para aterrorizar a população grega. Os números acima não incluem as mortes que ocorreram após o fim da guerra devido a doenças como a tuberculose (400.000 casos) e a malária, desnutrição persistente, ferimentos e más condições de vida, todas elas resultado directo das condições de guerra. Assim, na Segunda Guerra Mundial a Grécia perdeu tantas vidas, sobretudo homens desarmados, mulheres e crianças, como os EUA e o Reino Unido juntos.
A maioria das atrocidades cometidas pelos alemães na Grécia teve origem diretamente em duas ordens vindas das mais altas esferas do Terceiro Reich. Uma primeira, decidida pelo próprio Hitler, ordenava que se se suspeitasse que uma residência tinha sido usada pela resistência devia ser incendiada juntamente com os habitantes. A segunda ordem, assinada pelo marechal Wilhelm Keitel, especificava que, por cada alemão morto, um mínimo de 100 reféns seriam executados e por cada alemão ferido, 50 gregos morreriam (Payne 458ff, pp 189-190 e Goldhagen pp 367-369, Blytas pp 418-419).
As primeiras execuções em massa tiveram lugar em Creta, antes de esta ser tomada pelos alemães. Em 1945, sob os auspícios das Nações Unidas, um comité liderado por Nikos Kazantzakis enumerou a destruição de mais de 106 povoações de Creta e o massacre dos seus habitantes (ver sobre o massacre de Kontomari [inglês]). Durante a ocupação, os alemães assassinaram a população de 89 aldeias e vilas gregas (ver sobre o massacre de Distomo [inglês]), enquanto mais de 1.700 povoações foram total ou parcialmente queimadas e muitos dos seus habitantes também foram executados (ver Holocausto Grego [inglês]). Às vítimas gregas do reino de terror alemão devem ser acrescentados 61.000 judeus gregos que, juntamente com 10.000 cristãos, foram deportados para campos de concentração de onde a maioria nunca voltou (Blytas p.429 and p. 446).
Outro aspecto da ocupação grega foi o saque sistemático dos muitos museus gregos, tanto sob as ordens das autoridades de ocupação, como em resultado da iniciativa de oficiais que ocupavam posições de comando. Os nomes do general von List, comandante do 12º Exército, do General Kohler, do comando de Larissa, e do general Ringel, dos comandos de Iarakleio e de Cnossos, são associados ao desaparecimento de importantes tesouros arqueológicos. List foi responsável por aceitar como presente a escultura de uma cabeça esplêndida do século IV a.C., enquanto que Ringel enviou para a Áustria várias caixas de antiguidades da histórica Vila Adriana, assim como caixas contendo pequenos objectos do Museu de Cnossos. “Roubos sancionados oficialmente” foram registados nos museus de Keramikos, Chaeronea, Museu de S. Jorge em Tessalónica, Gortynos, Irakleio, Pireu, Skaramangas, Faistos, Kastelli Kissamou, Larissa, Corinto, Tanagra, Megara, Tebas e muitos outros (Blytas p. 427). O que é especialmente trágico é que, em muitos destes saques, conhecidos arqueólogos alemães forneceram orientação especializada aos perpetradores. E embora muitas destas antiguidades tenham sido devolvidas à Grécia em 1950, a maior parte das peças de museu roubadas nunca foram encontradas.
Em Creta e noutros sítios, os comandantes alemães locais ordenaram a escavação e o saque de muitos sítios arqueológicos. Estas escavações foram levadas a cabo por arqueólogos alemães, enquanto os arqueólogos gregos, curadores e inspectores de museus foram proibidos de interferir, normalmente sob a forma de ameaças que não podiam ignorar.
Solicitamos que o governo alemão honre as suas obrigações há muito atrasadas para com a Grécia, através do pagamento do empréstimo de ocupação que obteve à força e pelo pagamento das reparações de guerra proporcionais aos danos materiais, atrocidades e pilhagens feitas pela máquina de guerra alemã.

Assine a petição: http://www.greece.org/blogs/wwii/?page_id=154

Amor com amor se paga!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Os Corvos visitam os anos 80


Os Corvos actuam sexta-feira no Auditório Jorge Sampaio, em Sintra às 22h00.

O Piegas

Uma nova versão.

Música de cinema - 13


Este dueto de Laurent Filipe e Paula Castelar foi tema do filme Un Homme et une Femme, que já aqui trouxe ao blogue.
O disco foi um presente de São Valentim. Apesar de eu saber que o consumo está por detrás da instituição deste dia, todos os das são bons para oferecermos qualquer coisa (nem que seja uma flor do jardim) àqueles de quem gostamos. E que gostam de nós.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Daqui a pouco, vamos estar no Coliseu

Eu sei que vou-te amar

Ternura

Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor
seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura
dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora.

Vinicius de Morais

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Simenon / Maigret


"- Tu aimes la brandade de morue?
- Je l'adore. Je ne la digère pas, mais j'en mange quand même..."

"Une belle brasserie comme Maigret les aimait, pas encore modernisée, avec sa classique ceinture de glace sur les murs, sa banquette de moleskine rouge sombre, ses tables de marbre blanc et, par ci, par là une boule de nickel pour les torchons."

Georges Simenon - Maigret et son mort

A pessoa errada

Pensando bem
Em tudo o que a gente vê, e vivência
E ouve e pensa
Não existe uma pessoa certa pra gente
Existe uma pessoa
Que se você for parar pra pensar
É, na verdade, a pessoa errada.
Porque a pessoa certa
Faz tudo certinho
Chega na hora certa,
Fala as coisas certas,
Faz as coisas certas,
Mas nem sempre a gente tá precisando
das coisas certas.
Aí é a hora de procurar a pessoa errada.
A pessoa errada te faz perder a cabeça
Fazer loucuras
Perder a hora
Morrer de amor
A pessoa errada vai ficar um dia
sem te procurar
Que é pra na hora que vocês se encontrarem
A entrega ser muito mais verdadeira
A pessoa errada, é na verdade,
aquilo que a gente chama
de pessoa certa
Essa pessoa vai te fazer chorar
Mas uma hora depois vai estar enxugando
suas lágrimas
Essa pessoa vai tirar seu sono
Mas vai te dar em troca uma noite de amor inesquecível
Essa pessoa talvez te magoe
E depois te enche de mimos pedindo seu perdão
Essa pessoa pode não estar 100% do tempo
ao seu lado
Mas vai estar 100% da vida dela esperando você
Vai estar o tempo todo pensando em você.
A pessoa errada
tem que aparecer pra todo mundo
Porque a vida não é certa
Nada aqui é certo
O que é certo mesmo, é que temos que viver
Cada momento
Cada segundo
Amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo,
querendo,conseguindo
E só assim
É possível chegar àquele momento do dia
Em que a gente diz:
"Graças à Deus deu tudo certo"
Quando na verdade
Tudo o que ele quer
É que a gente encontre a pessoa errada
Pra que as coisas comecem a realmente funcionar direito pra gente...


Luís Fernando Veríssimo

Sintra e Colares

"Património Mundial desde Dezembro de 1995, Sintra oferece-nos inúmeros locais de interesse. As altas chaminés do Palácio Nacional de Sintra e o Palácio da Pena são alguns dos cartões de visita." 
Este mapa desdobrável refere-se à região de Sintra.
Por exemplo, em relação a Colares, nos restaurantes sugere a Ribeirinha de Colares, nos alojamentos a Estalagem de Colares e a Quinta da Capela e destaca a Adega de Colares. 


Estalagem de Colares e Quinta da Capela (exterior e interior).

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Música de cinema - 12

Whitney Houston morreu ontem. Uma voz fabulosa.

Três vezes 20 anos

Aos 60 anos, Mary e Adam (Isabella Rossellini e William Hurt) formam um casal com algumas dificuldades em sobreviver às mudanças que o tempo e a idade lhes foram trazendo: Mary, professora recém reformada, decide enfrentar a situação e encarar friamente que se tem de se "preparar para o envelhecimento", de uma forma um pouco bruta; Adam, arquiteto, recusa-se a acompanhá-la nesse desejo e aproxima-se da juventude. E assim, nesta discordância de disposição, surgem problemas de relacionamento que vão pôr em causa o casamento e tudo o que viveram até aí...
Gostei de ver Isabella Rossellini e William Hurt a assumir a sua idade.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Dickens em Lisboa


Para além da abertura da exposição na Biblioteca Nacional, Os Tempos Difíceis, de João Botelho, passa às 21h30 na Cinemateca.

200 anos do nascimento de Charles Dickens

A galeria de personagens dickensianos, como evocados pelo Google, hoje. 
E o meu livro preferido de Dickens: David Coperfield.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A não perder: "Uma separação"

Nader e Simin há muito que sonham em emigrar, de maneira a proporcionarem melhores oportunidades a Termeh, a filha de 11 anos. Quando a ocasião surge, ele decide abandonar os planos para poder continuar perto do seu pai, vítima da doença de Alzheimer. Simin, porém, resolve optar pelo divórcio, mas não parte para o estrangeiro.
Nader contrata, então Razieh para tomar conta do doente. Um dia Nader chega a casa e encontra o pai sozinho...
Este filme iraniano, realizado por Agashar Farhad, é tocante.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

O ESTORIL E AS ORIGENS DO TURISMO EM PORTUGAL


A exposição O Estoril e as Origens do Turismo em Portugal, patente no Espaço Memória dos Exílios, no edifício dos CTT, foi prolongada até 3 de março de 2012. E só assim é que a conseguimos ir ver.
Apresenta objetos e documentos inéditos conservados no Arquivo Histórico Municipal de Cascais e cedidos por colecionadores privados.
Fotografias, desenhos e filmes da época explicam como, no início do século, o Estoril se tornou num projeto turístico inovador sob a designação de "Estação Marítima Climatérica, Thermal e Sportiva".
Foi a partir do projeto deste "novo Estoril", proposto em 1914 por Fausto de Figueiredo e Augusto Carreira de Sousa, que o concelho se renovou turisticamente, elevando-se a um novo patamar de desenvolvimento, tendo ficado para a posteridade como um dos mais emblemáticos empreendimentos turísticos nacionais do século XX.
Fiquei a saber que era no Estoril a última paragem do comboio Sud Express, que ligava, então, a região diretamente à Europa.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Este Governo é um Carnaval

"Julgo que ninguém perceberia em Portugal, numa altura em que nos estamos a propor acabar com feriados como o 5 de Outubro, o 1.º de Dezembro ou até feriados religiosos, que o Governo pensasse sequer em dar tolerância de ponto, institucionalizando, a partir de agora, o Carnaval como feriado."
(Pedro Passos Coelho)

Será que os feriados religiosos unem mais os portugueses que os feriados nacionais, históricos? Assim vai este país. Continua-se a olhar para o país de há 50 anos. O recenseamento de católicos não pode ser feito pelos batismos, como a Igreja Católica gosta. Basta olharmos à nossa volta e vermos que cada vez há menos católicos. E mesmo cristãos...
Esperemos pela Páscoa!...

Música de cinema - 11

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Johannes Gutenberg

Johannes Gutenberg nasceu em Mogúncia c. 1398 e faleceu em 3 de fevereiro de 1468. Foi o inventor da moderna tipografia. A sua obra mais conhecida é a edição da Bíblia, conhecida como Bíblia de Gutenberg, de que há um exemplar na nossa Biblioteca Nacional.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

To my Valentine

Estes palhacitos vão ser a minha vinheta durante o mês de fevereiro, mês em que, no dia 14, nuns países, se comemora o Dia de S. Valentim; noutros, é o Dia da Amizade.
No dia 21, é dia de Carnaval que iremos gozar, se nos for permitido. E a máscara de palhaço é uma das preferidas. Pelo menos, era-o no tempo em que me mascarava para ir para a escola.
To Sintrense, my Valentine! :)

Regicídio

Em 1 de Fevereiro de 1908, o rei D. Carlos e o príncipe real D. Luís Filipe são assassinados, no Terreiro do Paço, em Lisboa.

Alain Oulman na Cinemateca

Fomos todos - sugestão dos meus pais - à Cinemateca ver o documentário Com que Voz (2009), de Nicholas Oulman sobre o seu pai, Alain Oulman, um homem multifacetado: foi editor da Calmann-Lévy e foi compositor. Nesta sua faceta fez uma parceria invejável com Amália Rodrigues.
Foi ele o responsável por Amália ter cantado poetas como Luís de Camões, Alexandre O’Neill, Pedro Homem de Melo ou David Mourão-Ferreira. O documentário debruça-se ainda sobre o modo como Alain Oulman foi perseguido pelo regime salazarista, obrigando-o a exilar-se em França.
E depois fomos ao melhor bitoque de Lisboa:
http://oamigodecolares.blogspot.com/2011/10/o-melhor-bitoque-de-lisboa.html