terça-feira, 31 de maio de 2016

Leituras - 49

«Elena Ferrante é uma das grandes escritoras contemporâneas.»
The New York Times

Ninguém sabe quem é Elena Ferrante e os seus editores originais procuram manter silêncio absoluto sobre a sua identidade. Houve até quem suspeitasse que se trata de um homem; outros dizem que nasceu em Nápoles e viveu na Grécia e em Turim. A maioria dos críticos considera-a a nova Elsa Morante, uma voz extraordinária que provocou um terramoto na narrativa dos últimos anos. O sucesso de crítica e público reflete-se em artigos publicados em jornais e revistas como The New York Times e Paris Review. A saga composta por A Amiga Genial, História do Novo Nome, História de Quem Vai e de Quem Fica e História da Menina Perdida está destinada a tornar-se um clássico da literatura europeia do século XXI.
"Não me arrependo de meu anonimato. Descobrir a personalidade do escritor através das histórias que propõe, das suas personagens, dos objetos e paisagens que descreve, do tom da sua escrita, não é mais nem menos que um bom modo de ler." (Elena Ferrante numa entrevista via mail para Il Corriere della Sera).

Estou a ler o primeiro desta tetralogia, mas A Sintrense devorou os quatro volumes num ápice.



A Amiga Genial é a história de um encontro entre duas crianças de um bairro popular nos arredores de Nápoles e da sua amizade adolescente.
Elena conhece a sua amiga na primeira classe. Provêm ambas de famílias remediadas. O pai de Elena trabalha como porteiro na câmara municipal, o de Lila Cerullo é sapateiro.
Lila é bravia, sagaz, corajosa nas palavras e nas acções. Tem resposta pronta para tudo e age com uma determinação que a pacata e estudiosa Elena inveja.
Quando a desajeitada Lila se transforma numa adolescente que fascina os rapazes do bairro, Elena continua a procurar nela a sua inspiração.
O percurso de ambas separa-se quando, ao contrário de Lila, Elena continua os estudos liceais e Lila tem de lutar por si e pela sua família no bairro onde vive. Mas a sua amizade prossegue.
A Amiga Genial tem o andamento de uma grande narrativa popular, densa, veloz e desconcertante, ligeira e profunda, mostrando os conflitos familiares e amorosos numa sucessão de episódios que os leitores desejariam que nunca acabasse.

sábado, 28 de maio de 2016

Leituras - 48


Estou a reler este livro de poemas de 2011, do atual ministro da Cultura.

A CAMILO PESSANHA, PASSANDO EM JAIPUR

Uma imagem a passar pela retina
e nada mais: venham outros falar-nos de experiência,
de transformar o vivido em consciência,
de reter o que é fugaz!

Uma imagem a passar pela retina,
porque o sentido de tudo está na velocidade do carro
que me permitiu fotografar…

terça-feira, 17 de maio de 2016

Leituras - 47


Estou a gostar de Uma causa improcedente, o novo romance de Claudio Magris, editado pela Quetzal este ano.
"Um homem dedica a sua vida à obsessiva coleção de objetos bélicos - espingardas, submarinos, tanques, zagaias, armas de todas as épocas - para o grande e grotesco museu de guerra, que, sob o mesmo teto, albergará a morte e o mal até que tudo, no exterior, se tenha pacificado. Após a morte deste homem, durante um violento fogo no museu, Luisa Brooks será incumbida de dar continuidade ao projeto, completando-o. Ela é filha de mãe judia, de pai negro e, como tal, produto de uma longa linhagem de exílio e de escravatura. Também ela ficará obcecada por este projeto."

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Leituras - 46


Ela é um ícone da família real britânica, amada tanto pela beleza como pela sua atividade humanitária e detestada pelo ex-marido e pela rainha de Inglaterra, sua ex-sogra. Quando uma bomba rebenta a bordo do iate onde passa as férias, os serviços de inteligência britânicos recorrem a um estrangeiro, o lendário espião e assassino profissional Gabriel Allon, para seguir a pista do autor material do atentado. O objetivo de Gabriel recai em Eamon Quinn, perito no fabrico de explosivos e sicário ao serviço do melhor licitador. Quinn é um homem esquivo, um habitante das sombras, mas por sorte Gabriel não está sozinho no seu encalço. Conta com a ajuda do britânico Christopher Keller, um antigo militar de elite convertido em assassino profissional, conhecedor em primeira mão da eficácia mortífera de Quinn.

Apaixonante como todos os livros de Daniel Silva.