«Sou uma figura de romance por escrever, passando aérea, e desfeita sem ter sido, entre os sonhos de quem me não soube completar.» Bernardo Soares
quinta-feira, 30 de junho de 2016
quarta-feira, 29 de junho de 2016
segunda-feira, 27 de junho de 2016
domingo, 26 de junho de 2016
sexta-feira, 24 de junho de 2016
quinta-feira, 23 de junho de 2016
terça-feira, 21 de junho de 2016
domingo, 19 de junho de 2016
sábado, 18 de junho de 2016
quinta-feira, 16 de junho de 2016
quarta-feira, 15 de junho de 2016
segunda-feira, 13 de junho de 2016
Uma vontade física de comer o universo
Uma vontade física de comer o universo
Toma às vezes o lugar do meu pensamento…
Uma fúria desmedida
A conquistar a posse como que absorvedora
Dos céus e das estrelas
Persegue-me como um remorso de não ter cometido um crime.
Como quem olha um maré
Olho os que partem em viagem…
Olho os comboios como quem os estranha
Grandes coisas férreas e absurdas que levam almas,
Que levam consciências de vida e de si próprias
Para lugares verdadeiramente reais,
Para os lugares que - custa a crer - realmente existem
Não sei como, mas é no espaço e no tempo
E têm gente que tem vidas reais
Seguidas hora a hora como as nossas vidas…
Ah, por uma nova sensação física
Pela qual eu possuísse o universo inteiro
Um uno tacto que fizesse pertencer-me,
A meu ser possuidor fisicamente,
O universo com todos os seus sóis e as suas estrelas
E as vidas múltiplas das suas almas.
Álvaro de Campos
domingo, 12 de junho de 2016
sexta-feira, 10 de junho de 2016
quinta-feira, 9 de junho de 2016
Leituras - 51
«Conduzido pelo Alberto [de Lacerda] o Mário [Cesariny] conheceu poetas, escritores, gente ligada ao mundo da cultura, andou pelas galerias do West End, bisbilhotou livrarias e cultivou amizades. Entre os amigos londrinos mais estimados figurava Paula Rego. Mas será erro pensar que a relação entre os dois, Alberto e Mário, se confinou à experiência de uma Londres que, durante um certo tempo, partilharam, mas que viveram tão diferentemente. Onde o Mário navegava como um nauta em mares distantes, Alberto estava possuído dos mistérios da cidade. Outros interesses os aproximavam. O prazer da descoberta, e amigos que cultivavam fora de Londres também, noutras paragens: os casais Vieira e Arpad, e Octavio e Marie Jo Paz, para citar só dois exemplos. E livros, é claro, e quadros, e Lisboa, e a poesia. Sempre, sempre, a poesia. De tudo isso há registos nas «recordações» que o Alberto foi guardando do seu amigo Mário Cesariny. Recordações que são cartas, fotografias, obras de arte, folhas volantes, recortes de jornal. […] O que há para descobrir de Cesariny no mundo íntimo de Alberto de Lacerda excede em muito os contornos deste livro. Mas nesse mundo e sempre nos dois sentidos, resplendem admiração e amizade que o tempo nunca deixou de sustentar. Nenhum deles desejou que fosse uma amizade literária. O que a define é uma alta camaradagem marcada, muito ao contrário, pelo desejo de aventura e de magia com que Alberto e Cesariny sempre quiseram viver.» (da Introdução de Luís Amorim de Sousa)
«Meu querido Londrino Gosto muito do seu poema, forma, ou mais força que forma, embora forma também, ou sobretudo — isto, assim, nunca mais acaba e a caneta é nova e é péssima.O que eu queria dizer é que este poema é muito parecido consigo, espécie de relação nove-dez de si com o mundo ou dele com a poesia. Se é uma série mande mais, se não é série, mande outros. Para lhe descrever o meu estado de espírito de há meses teria de ir procurar algumas formas espanholas, mas antes do século de oiro, do terror, do frio, e da solidão. Soledad.» (Mário Cesariny)
terça-feira, 7 de junho de 2016
domingo, 5 de junho de 2016
Leituras - 50
Ainda não sabemos onde vamos este ano. À Corsega? É uma possibilidade. Ou fazer uma viagem de comboio?
A Islândia e Tóquio para já não estão nos nossos horizontes.
sábado, 4 de junho de 2016
quinta-feira, 2 de junho de 2016
quarta-feira, 1 de junho de 2016
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