"[...] problematizar a realidade nossa […] é lançar hipóteses […] concebidas e enunciadas com coerência […] é tudo passar ao crivo da crítica, é desfazer evidências."
"A esperança não será a prova de um sentido oculto da Existência, uma coisa que merece que se lute por ela?"
Ernesto Sábato
"A coisa mais bonita de estar sob o sol, é estar sob o sol."
Christa Wolf
"Acredito, sim, em inspiração, não como uma coisa que vem de fora, que "baixa" no escritor, mas simplesmente como o resultado de uma peculiar introspecção que permite ao escritor acessar histórias que já se encontram em embrião no seu próprio inconsciente e que costumam aparecer sob outras formas — o sonho, por exemplo. Mas só inspiração não é suficiente".
Durante a Guerra Fria, o agente secreto George Smiley (Gary Oldman) é obrigado a sair da reforma para enfrentar um extraordinário desafio: um agente duplo dos soviéticos – A Toupeira - conseguiu infiltrar-se e ascender ao mais elevado nível dos Serviços Secretos britânicos. A sua traição comprometeu já algumas operações vitais. Uma belíssima interpretação de Colin Firth, como habitualmente.
Brevemente farei um post sobre George Smiley, o espião criado por John Le Carré.
Uma pequena homenagem a algumas das personalidades que nos deixaram em 2011 e que eu de algum modo admirava. Hoje quatro actores: Annie Girardot, Elizabeth Taylor, Susannah York e Pedro Hestnes.
O fado "Já não estar", interpretado por Camané, é uma das músicas candidatas à nomeação para melhor canção original. Esta fado, com música de José Mário Branco e letra de Manuela de Freitas, foi especialmente gravado para o filme José e Pilar, também candidato ao Óscar.
Foi apresentado há mais de um mês, na Estalagem de Colares (antigo Restaurante Camarão), este livro de Nuno Gaspar e Miguel Gaspar, editado pela Artlândia-books. Um livro com 250 imagens antigas, retiradas de postais e fotografias da colecção de Nuno Gaspar.
Os autores pretendem "transmitir aquilo que nas primeiras décadas do século XX, os nossos avós viam e sentiam num passeio de Sintra até às Azenhas do Mar. Com inicio no Ramalhão, percorre em imagens, e alguns textos explicativos dos monumentos e zonas mais importantes, S.Pedro de Sintra, a Vila Velha, Estefânia, Seteais, Monserrate, Castelo da Pena, Capuchos, Galamares, Colares, Praia das Maçãs, acabando nas Azenhas do Mar." Faça esta viagem por €33,00 (preço do livro).
Dois manifestos - um, cujo primeiro subscritor é Manuel Alegre; outro, subscrito por 41 historiadores - vêm finalmente defender a manutenção do feriado do 5 de Outubro.
Se querem acabar com as pontes, É não darem pontes. Quel é o prolema? Agora acabarem com o feriado do 5 de Outubro?! Bonita forma que o governo arranjou de acabar com as celebrações do centenário.
Para nos despedirmos de Paris, hoje fomos à Opera Garnier, com bilhetes comprados há uns meses. Nunca aqui tínhamos entrado, nem A Sintrense nem eu. E nunca tínhamos assistido a nenhuma representação de La Cenerentola. Gostei muito da encenação de Jean-Pierre Ponnelle.
Passámos na rue du Maine, vimos este restaurante e resolvemos entrar, apesar da decoração pró-kitsch. Ambos gostamos de mexilhões e em Portugal não é muito vulgar encontrá-los nas ementas dos restaurantes; não se entende porquê.
Comememos moules en folie - não estavam nada loucas, estavam bem bem mortas. :)
zanneHoje um dia dedicado a exposições, todas magníficas: Grand Palais, Musée du Luxembourg.
Sobre a colecção dos Stein: Léo, Sarah, Michael e Gertrude, a mais conhecida. Americanos que se instalaram em Paris no princípio do século XX e que foram detentores de uma das mais importantes colecções de arte moderna da época. Manet, Degas, Renoir, Cézanne, Matisse, Picasso e Man Ray, todos estão aqui representados.
Paris como Cézanne a pintou ao longo das vinte visitas que fez à cidade.
A primeira parte da exposição é sobre os primeiros tempos de Cézanne em Paris, os seus tempos de aprendizagem. De seguida, as representações do nú. Vêem-se também retratos e naturezas-mortas.
Um dos objectivos desta visita a Paris, para além de espairecer, foi visitar a exposição Fra Angelico et les maîtres de la lumière, já que A Sintrense é uma apaixonada deste pintor.
UM ESPECTÁCULO DE EXPOSIÇÃO!
Não conhecíamos este museu que é uma pequena pérola, em pleno boulevard Haussmann.
A rue du Chât qui Pêche fica no Quartier Latin, vai do quai Saint-Michel à rue de la Huchette. Dizem ser a rua mais estreita da capital. Foi aberta em 1540 e chamou-se inicialmente rue ou ruelle des Étuves, mais tarde rue du Renard e rue des Bouticles. Deve o seu nome actual a um professor.
A Sintrense e eu andávamos com vontade de vir a Paris. Apesar do tempo não ser o ideal para viajar, a oferta de exposições é muito boa. E nós somos vidrados em exposições. Durante dez dias estamos na cidade-luz e vamos tentar postar alguma coisa do que formos vendo. Bonjour!
Nero Wolfe é um detetive privado criado por Rex Stout, escritor norte-americano, nascido em 1 de dezembro de 1896 e que faleceu em 27 de outubro de 1975. Aparece, pela primeira vez, no livro Picada mortal, que foi publicado em Portugal, em 1963, na Coleção Vampiro (n.º 194).
Nero Wolfe é um excêntrico, obeso, bebedor de cerveja e gourmet. O seu passatempo é tratar de orquídeas. Tem como assistente Archie Goodwin que, ao contrário de Wolfe, é uma pessoa ativa.
Se os portugueses tivessem votado neste homem - que dentro de dias faz 87 anos - e ele fosse o nosso actual Presidente da República, Portugal estaria, possivelmente, muito melhor. E a Europa também.
Beijei teu retrato,
esborratou-se a tinta,
num corpo abstracto
que a saudade pinta...
E a esquadrinhar teus traços já dei por mim louca:
‘Diz-me lá, Picasso, onde ele tem a boca?’
Esse teu retrato
vou expô-lo em Paris,
já usado e gasto
ver se alguém me diz
onde é que te encontro,
se não te perdi...
Por te ter chorado
desfiz o meu rosto
e num triste fado
encontrei encosto.
Dei-me a outros braços mas nada que preste...
‘Diz-me lá, Picasso, que amor é este?’
Este meu retrato
vou expô-lo em Paris,
e assim ao teu lado
eu hei-de ser feliz.
Se nunca te encontro
nunca te perdi.
Sei...
não há só tangos em Paris,
e nos fados que vivi
só te encontro em estilhaços
Pois bem,
Tão certa, espero por ti.
Se com um beijo te desfiz,
com um beijo te refaço!
No dia 3 de Dezembro, sábado, às 11.30h, os Amigos de Monserrate realizam o já tradicional encontro de Natal, que este ano terá a colaboração do Coro da Academia de Música Acorde de Sintra. Um coro infanto/juvenil irá cantar músicas de Natal na varanda do Palácio, fazendo ecoar por todo o jardim de Monserrate o espírito festivo do Advento.
I come from down in the valley
where mister when you're young
They bring you up to do like your daddy done
Me and Mary we met in high school
when she was just seventeen
We'd ride out of that valley down to where the fields were green
We'd go down to the river
And into the river we'd dive
Oh down to the river we'd ride
Then I got Mary pregnant
and man that was all she wrote
And for my nineteenth birthday I got a union card and a wedding coat
We went down to the courthouse
and the judge put it all to rest
No wedding day smiles no walk down the aisle
No flowers no wedding dress
That night we went down to the river
And into the river we'd dive
Oh down to the river we did ride
I got a job working construction for the Johnstown Company
But lately there ain't been much work on account of the economy
Now all them things that seemed so important
Well mister they vanished right into the air
Now I just act like I don't remember
Mary acts like she don't care
But I remember us riding in my brother's car
Her body tan and wet down at the reservoir
At night on them banks I'd lie awake
And pull her close just to feel each breath she'd take
Now those memories come back to haunt me
they haunt me like a curse
Is a dream a lie if it don't come true
Or is it something worse
that sends me down to the river
though I know the river is dry
That sends me down to the river tonight
Down to the river
my baby and I
Oh down to the river we ride
Como se aproxima o dia em que a UNESCO escolherá (esperemos que o faça) o fado como Património Imaterial da Humanidade, vou postar uns fados e uns/umas fadistas: a minha selecção. E, como não podia deixar de ser, a primeira é a AMÁLIA.
O VI Comité Inter-Governamental da UNESCO, que analisará a candidatura do Fado a Património Imaterial da Humanidade, começa hoje em Bali, na Indonésia, decorrendo até dia 29.
O comité é presidido pelo embaixador da Indonésia junto da UNESCO, Aman Wirakartakusumah, e é constituído por 24 países, cujos delegados deverão analisar um total de 49 candidaturas para inscrição na lista do Património Imaterial da Humanidade, entre as quais a do Fado. A candidatura portuguesa é uma das sete melhor recomendadas pelo Comité de Peritos da UNESCO, ao lado da do conhecimento dos jaguares, pelos xamãs da tribo ameríndia colombiana Yurupari, da música Mariachi, do México, das danças Nijemo Kolo da Dalmácia (Croácia), da música e dança tsiattista do Chipre, e da cavalgada de reis da Morávia (República Checa).
Espera-se que o resultado seja conhecido no fim-de-semana, pelo que o Museu do Fado estará de portas abertas todo o sábado e domingo, com programação especial e sendo a entrada gratuita.
Cuerpos de Dolor. A Imagem do Sagrado na Escultura Espanhola (1500-1750).
Na Galeria de Exposições Temporárias do Museu Nacional de Arte Antiga até 25 Mar. 2012.
Abarcando os séculos áureos da escultura espanhola, a exposição “Cuerpos de Dolor. A imagem do sagrado na escultura espanhola (1500-1750)” constitui uma escolhida amostra das importantes colecções do Museo Nacional de Escultura (Valhadolid, Espanha), conhecido como o “Prado da Escultura”.
Pela primeira vez, Portugal terá o privilégio de acolher mais de três dezenas de esculturas de grandes mestres espanhóis – desde o declinar da Idade Média ao ocaso do Período Barroco –, como Berruguete, Juan de Juni, Pompeo Leoni, Gregorio Fernández, Alonso Cano, Pedro de Mena, Pedro de Sierra ou Salzillo.
Uma exposição inquietante – ascetas, mártires, virgens, Cristos crucificados – capaz de provocar no visitante uma impressão que ultrapassa as fronteiras da estética, todavia inquestionável, numa importante chamada de atenção para a relevância do acervo deste museu espanhol.
“Cuerpos de Dolor” inscreve-se numa nova dinâmica, à qual pertencem a recente exposição “Confrontos. Bosch e o Seu Círculo” – que possibilitou ao Museu Nacional de Arte Antiga acolher duas importantes obras do Museu Groningen (Bruges, Bélgica) –, a transposição para a National Gallery of Art (Washington, EUA) da mostra “A Invenção da Glória. D. Afonso V e as Tapeçarias de Pastrana”, ou a circulação, primeiro para o próprio Museo Nacional de Escultura e, em seguida, para o não menos prestigioso Museo de Bellas Artes de Valencia (a 2 de Novembro de 2011), da exposição “Primitivos. El Siglo Dorado de la Pintura Portuguesa”. http://mnaa.imc-ip.pt/pt-PT/exposicoes%20temporarias/em%20curso/ContentDetail.aspx?id=517
Esta exposição já esteve mo Museu de Évora. Está agora patente no Antigo Refeitório do Mosteiro do Jerónimos, em Lisboa, até dia 15 de Dezembro de 2011.