«Sou uma figura de romance por escrever, passando aérea, e desfeita sem ter sido, entre os sonhos de quem me não soube completar.» Bernardo Soares
domingo, 16 de fevereiro de 2020
Leituras - 115
Elton John é o cantor-compositor de sucesso com a carreira mais longa de todos os tempos. São sete décadas - até agora - de uma vida extraordinária pautada por constantes altos e baixos. Agora, na primeira pessoa e com a habitual frontalidade e bom humor, Elton John partilha a sua história - todos os momentos, dos mais hilariantes aos mais comoventes.
Reginald Dwight era um miúdo tímido, de Pinner, nos subúrbios de Londres, com uma relação conturbada com os pais, que adorava música e sonhava ser uma estrela pop. Tinha 23 anos quando deu o primeiro concerto nos EUA: com umas jardineiras amarelas, uma t-shirt às estrelas e botas com asas deixou uma imensa plateia absolutamente deslumbrada. Elton John tinha chegado e o mundo da música nunca mais seria o mesmo.
À imagem da vida de Elton, não falta drama nesta autobiografia: desde as rejeições iniciais das editoras a ser considerado o artista pop mais famoso do mundo; das amizades com John Lennon, Freddie Mercury e George Michael às noites loucas no Studio 54; das tentativas de suicídio à dependência que escondeu até de si próprio durante anos e que quase o destruiu.
Elton descreve de forma emocionada o processo de reabilitação, a criação da Elton John AIDS Foundation, como encontrou o verdadeiro amor ao lado de David Furnish, as férias com Versace e a participação no funeral da princesa Diana. E ficamos também a saber como e quando percebeu que querias ser pai e como isso acabou por mudar novamente toda a sua vida.
Excentricamente divertido mas também profundamente emocionante, Eu, Elton John (Porto: Porto Editora, 2019) levá-lo-á numa viagem inesquecível pela intimidade de uma lenda viva. (Sinopse)
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