Quando é um longo poema que não tem interrogação mas que nos interroga. Que nos lembra Senhora das Tempestades mas, aqui, com dez cantos, com os quais Manuel Alegre pretende dar-nos um testemunho. Um emocionante testemunho de vida, de mundo, de poesia.
Nele o leitor é confrontado com a passagem do tempo: o tempo que passou, as vivências; mas também o tempo presente que é um tempo fechado; e ainda as várias pragas que tapam o horizonte, o tempo que há de vir.
Aqui, nestas páginas, está a vida de todos nós.
Na leitura destas estrofes encontramos referências a Homero, Virgílio, Dante, Camões e Shakespeare mas também a Bob Dylan e a Mandela, à guerra colonial, a Estaline, ao Maio de 68 até à América onde se twita.
Um texto de uma modernidade que impressiona.
«Sou uma figura de romance por escrever, passando aérea, e desfeita sem ter sido, entre os sonhos de quem me não soube completar.» Bernardo Soares
sábado, 24 de julho de 2021
sexta-feira, 16 de julho de 2021
sábado, 10 de julho de 2021
quinta-feira, 1 de julho de 2021
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