Quando é um longo poema que não tem interrogação mas que nos interroga. Que nos lembra Senhora das Tempestades mas, aqui, com dez cantos, com os quais Manuel Alegre pretende dar-nos um testemunho. Um emocionante testemunho de vida, de mundo, de poesia.
Nele o leitor é confrontado com a passagem do tempo: o tempo que passou, as vivências; mas também o tempo presente que é um tempo fechado; e ainda as várias pragas que tapam o horizonte, o tempo que há de vir.
Aqui, nestas páginas, está a vida de todos nós.
Na leitura destas estrofes encontramos referências a Homero, Virgílio, Dante, Camões e Shakespeare mas também a Bob Dylan e a Mandela, à guerra colonial, a Estaline, ao Maio de 68 até à América onde se twita.
Um texto de uma modernidade que impressiona.
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