quinta-feira, 27 de junho de 2013

D. Afonso VI volta ao Palácio Nacional de Sintra


O email recebido, explica a peça: 
E se houvesse um rei que fosse, ao mesmo tempo, "fraco de espírito e corpo" mas também "extravagante"? Um rei que fosse "impotente" para dar a Portugal um sucessor, mas também "devasso" e amante das más companhias? Um rei que suscitasse a desconfiança por ser "incapaz de governar", mas também a piedade por ser "pobre e desgraçado"? D. Afonso VI é esse rei. D. Afonso VI é o alvo desta conspiração. Personagem trágica, qual "Rei Lear" à portuguesa, D. Afonso VI foi preterido pela mãe, traído pela esposa e levado à barra do tribunal pelo irmão. Neste Palácio Nacional de Sintra viveu D. Afonso VI os últimos anos da sua vida. Este mesmo Palácio para o qual convidamos agora o público: para que viva o fausto da Corte e se delicie com os seus divertimentos teatrais e musicais antes de, já quase na última cena, a conspiração palaciana dar lugar ao infame Processo do Rei... Conspiração no Palácio resulta de dois anos de rigorosa investigação histórica e dramatúrgica: a estrutura dramática do texto de Nuno Vicente assenta nas datas mais marcantes da vida de D. Afonso VI e para a construção dos diálogos o autor recorreu, sempre que possível, ao aproveitamento directo dos documentos históricos disponíveis, em particular no que toca àquele que ficou conhecido como o Processo do Rei. Mas nem só de drama ou tragédia se faz Conspiração no Palácio: a música e as danças da época marcam presença, bem como o teatro, pois a trama conspirativa é intercalada pela divertida farsa "O Fidalgo Aprendiz", texto contemporâneo de D. Francisco Manuel de Melo, que uma trupe de saltimbancos apresenta perante a Corte. Nesta época sombria com tantos paralelos com a época de D. Afonso VI, este empreendimento artístico só pode ambicionar um certo retorno: haja público. Assim, a todos convidamos para que assistam a este espectáculo, para que participem desta experiência única e diversificada. Só a afluência do público poderá certificar que ainda é possível sonhar o Futuro, respeitando a memória do nosso Património.

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