sábado, 5 de agosto de 2017

Inacreditável!

Um ex-carteirista do elétrico 28 é o dono de dois dos restaurantes que cobram 250€ por uma mista de marisco na Baixa de Lisboa. E há um terceiro, no bairro da Graça, que faz o mesmo: é do seu sócio.


Um ex-carteirista referenciado pela PSP, conhecido como Xula, e um sócio montaram um esquema num conjunto de restaurantes na zona histórica de Lisboa, no qual chegam a cobrar 250 euros por um prato, e espalharam um clima de intimidação nos negócios à volta desses estabelecimentos.
Pelo menos três restaurantes no centro de Lisboa — Made in Correeiros; Obrigado Lisboa e Tiagu’s — praticam o mesmo esquema: os clientes são aliciados na rua por funcionários que mostram uma parte do menu com preços acessíveis. Já sentados, são-lhes sugeridos outros pratos, sem que os clientes vejam o seu preço. Quando vem a conta, os clientes deparam-se com mistas de marisco para dois a 250€, parrilhada de carne a 175€ e outros valores na ordem dos três dígitos. Quando se queixam da conta, é-lhes apresentada a ementa onde constam de facto esses pratos a esses preços.

A conta de uma refeição no Made In Correeiros (publicada por uma leitora no Facebook)

Conta de uma refeição no Rio Ceira, atualmente Obrigado Lisboa (TripAdvisor)

Isto mesmo foi constatado pelo Observador nestes três estabelecimentos. Os preços estão de facto nas ementas, mas só aparecem nas últimas páginas de um longo menu em várias línguas. Os clientes queixam-se ainda de preços desmesurados nas bebidas (10€ por um copo de sangria, 15€ por uma caneca de cerveja, 50€ por duas bebidas e um couvert) e de contas que não correspondem aos pedidos.
http://observador.pt/2017/08/03/antigo-carteirista-e-o-dono-dos-restaurantes-que-cobram-precos-exorbitantes-e-o-seu-socio-faz-o-mesmo/

A ASAE diz que não pode fazer nada porque há uma lista com estes preços exorbitantes. Mas um restaurante de 5.ª categoria pode praticar preços mais elevados que os do Gambrinus e congéneres?

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