A tua gatinha está a ficar magra.
Outro mal não é senão amor:
mal que aos teus olhos cuidados a consagra.
Não sentes uma afligida ternura?
Como de um coração não lhe sentes o tremor
se a afagas com doçura?
A meus olhos é perfeita
como tu esta gata desabrida
mas como tu rapariga
e apaixonada, que sempre procuravas,
que sem paz em roda viva andavas,
e se dizia seres da loucura amiga.
É como tu rapariga.
Umberto Saba
Há dias A Sintrense ofereceu-me um livro de poesia de Umberto Saba, editado pela Assírio & Alvim, que tenho estado a ler. Entretanto vi que ele nasceu em 9 de março de 1883.
Poema traduzido por José Manuel de Vasconcelos.
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